O terceiro filme da franquia Jurassic Park é o mais divertido e eletrizante da série, porém apresenta algumas falhas.
O primeiro Jurassic Park tornou-se história. A tecnologia de marionetes da Stan Winston e os recursos em CG da Industrial Light e Magic com a excelente adaptação do livro O Parque dos Dinossauros de Michael Crichton surpreenderam tanto as pessoas que no ano em que foi lançado o filme tornou-se a maior bilheteria de todos os tempos, sendo superado em 1998 por Titanic. O segundo filme é a adaptação do livro Mundo Perdido também de Michael Crichton e mostrando uma nova história envolvendo os dinossauros tornou-se outra bilheteria de sucesso. O enorme sucesso dos dois primeiros filmes pedia um terceiro, e esse também foi feito.
Esse é o primeiro filme da franquia que não é baseado em nenhum livro de Michael Crichton, isso contribuiu muito para o péssimo roteiro criado. A história trata de uma operação de resgate. O filho de um casal divorciado perde-se na ilha Sorna devido a um acidente de parasail. Esse casal divorciado se junta e fingem ser casados para convencer Alan Grant, que escapou por pouco do incidente ocorrido na ilha Nublar onde foi construído O Parque dos Dinossauros, a encontrar o filho. Pensam que ele já esteve lá antes. Basicamente o enganam, seqüestram e o põem na ilha antes. Depois descobrem que ele nunca esteve lá. Felizmente temos a volta do paleontólogo Alan Grant que com algumas teorias sobre os dinossauros salva o filme de ser uma aventura maluca numa ilha onde temos monstros e não animais.
Sam Neill parece ter a cara da série. No primeiro filme na pele do paleontólogo Alan Grant ele conquistou os fãs, tornando seu personagem chato em simpático com uma belíssima atuação. Felizmente as atuações desse filme são um ponto alto da trama. Téa Leoni e William H. Macy como pais do garoto Éric interpretado por Trevor Morgan são memoráveis. E Alessandro Nivola no papel do novo paleontólogo da série também está à nível dos outros.
Esse é também o primeiro filme da série que não dirigido por Steven Spielberg, pois o mesmo estava muito envolvido com projeto de Stanley Kubrick, A.I. - Inteligência Artificial, e ficou apenas como produtor do filme. Alguém teria que assumir a direção e é uma pena que uma franquia tão boa quanto Jurassic Park tenha ido parar nas mãos do responsável pelos fiascos Querida, Encolhi as Crianças e Jumanji, Joe Johnston.Mesmo não sendo um diretor tão bom quanto Spielberg, Joe conseguiu ter algumas idéias legais para o filme, como querer uma selva mais primitiva que lembrasse a era jurássica. Joe investiu nas cenas de ação tornando o filme eletrizante que os anteriores. Quase não há diálogos, o tempo inteiro é um corre-corre para escapar vivo da ilha, mas poderia ter tido mais algumas cenas. O filme acaba rápido demais e em vários momentos nos deixa com um gostinho de quero mais.
Jurassic Park inovou no segundo filme e com o terceiro não poderia ser diferente. O Tiranossauro rex que havia dominado os dois primeiros filmes foi substituído pelo Espinossauro (o maior dinossauro carnívoro que já viveu). Em pleno século XXI o público com certeza esperava que os dinossauros voadores aparecessem neste gênero e é exatamente a presença deles, os Pteranodontes, que torna o filme bem mais interessante. O Velociráptor esteve em Jurassic Park 1, apareceu em Jurassic Park 2 e também atua no terceiro filme, mas de um modo bem diferente.
A parte técnica é o que o filme tem de melhor. Os efeitos especiais é algo que sempre evolui na série, os dinossauros agora são tão perfeitos que saber quais são bonecos e quais são computação gráfica só é possível se os idealizadores contarem. À inesquecível trilha de John Williams foram adicionados novos temas de Don Davis, famoso pela excelente trilha de Matrix, que combinaram bem com as cenas de suspense. E a fotografia é bem mais agradável que a do segundo filme.
Jurassic Park 3 não é o melhor filme da série, mas funciona muito bem como uma ótima ferramenta de entretenimento.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário