Kill Bill - Volume 1 é um dos melhores filmes que eu ja olhei na minha vida. Quentin Tarantino, como muitos dizem, mais uma vez brinca de fazer cinema, só que dessa vez ele passa por inúmeros gêneros. Seja em uma cena passada em uma pequena igreja do Texas ou quando uma assassina de um olho só entra em um hospital assobiando o tema de Bernard Herrmann, Tarantino nos mostra, mais uma vez, que é um gênio.
Vingança. Pode parecer que não seja um tema muito original, mas a forma como Tarantino nos mostra a vingança de uma assassina que foi traída por sua gangue é totalmente fantástica, empolgante, deliciosa. Isso se deve aos moldes que Tarantino dá ao filme. Aspectos que só um Diretor com D maiúsculo como ele consegue fazer com maestria.
A história de Kill Bill - Volume1 nos é contada totalmente fora de ordem cronológica, indo e vindo no tempo. Característica já conhecida do diretor e que caiu como uma luva nesse filme.
Tarantino, como ele mesmo disse, se testou nesse filme. Nele temos cenas de velho oeste, "plantão-médico", anime japonês e, claro, as inúmeras lutas de artes marciais.
Outro fato que chama atenção são as inúmeras referências aos filmes que Tarantino provavelmente assitia quando trabalhava na locadora. Filmes japoneses de artes marciais, filmes de kung-fu dos anos 60 e 70 , filmes trash. É muito divertido ver quando alguma cabeça, braço, perna é decepado ou até mesmo uma pessoa é cortada ao meio, verdadeiros chafarizes de sangue jorrarem para tudo quanto é lado.
A trilha sonora de Kill Bill vol1 é perfeita. Músicas retiradas do fundo do baú e que fazem toda a diferença para qualquer cena. A fotografia está muito boa também. É notável a preocupação com a beleza visual do filme. Sim, apesar de todo o sangue, temos cenas belíssimas visualmente. Esses dois fatores - trilha sonora e fotografia - dão às lutas um ar todo especial. Movimentos combinando perfeitamente com a música e uma iluminação soberba não deixam as batalhas de Kill Bill serem apenas batalhas. São espetáculos.
Uma Thurman está maravilhosa no papel da Noiva. Teve que aprender a lutar, aprender japonês, quase se tornar uma samurai, e fez isso muito bem. Consegue interpretar uma mulher que sabemos que quer vingança, mas não conhecemos os seus reais sentimentos. A atriz expressa isso muito bem. Parabéns, Uma.
Bom... Kill Bill - Volume 1 é rico em detalhes, diferenciais, muito diferente de qualquer outro filme de vingança. Méritos todos de Quentin Tarantino, o cara. Cada vez mais me faz ter uma certeza maior da resposta quando sou perguntado qual é o meu maior ídolo...
É QUENTIN TARANTINO!
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário