O drama obrigatório e incontestável da última década.
O filme Menina de Ouro nos concede a sutileza e o primor como elementos básicos de sua construção cinematográfica. A originalidade do roteiro, belas frases ditas e o elo que nunca é perdido entre o trio que conduz de forma belíssima o filme nos faz entender o motivo pelo qual o filme ainda hoje encanta e emociona todas gerações.
Pegando carona em sua vertente dramática do seu trabalho antecessor Sobre meninos e Lobos, Clint nos presenteia com um cinema dramático de responsabilidade social, não apenas para impor uma atitude mas para muito além disso, debatê-la.
Fotografia simples e bela, enquadramento não ficcional da câmera nas lutas de boxe, só servem cada vez mais para tornar a história verídica, real.
Clint Eastwood e Morgan Freeman estabelecem uma relação ríspida e companeheira, nos mostrando os resquícios de um passado distante onde um treinador mudou para sempre o futuro do boxeador...e esse sentimento de culpa é uma das marcas mais profundas da película.
Justiça seja feita, o grande destaque do filme vai para a Menina. Hilary Swank mais uma vez nos concede uma aula de interpretação. Ausência de exageros, a sinceridade, naturalidade nos atos, fazem com que a ficção seja deixada de lado e conceda espaço para uma situação indubitavelmente real...
A tristeza no olhar, a convicção, a garra da personagem é inesquecível e emociona a todos na maioria dos momentos. Sua consagração com o Oscar de melhor atriz só respalda seu mérito por essa lindissima performance.
Uma pedida obrigatória, Menina de Ouro já tornou-se uma clássico da década passada e continuará, sem dúvidas, emocionando e cativando muitos admiradores ao longo dos anos.
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