Combine originalidade, atores inspiradíssimos, direção competentíssima, roteiro vibrante. In Bruges é uma ótima surpresa cinematográfica.
Quando eu ouvi o conceituadíssimo Rubens Ewald Filho comentar que In Bruges é melhor do que aparenta ser, combinado pelas indicações ao Globo de Ouro, resolvi assistir a esse “pequeno” filme, tão pouco divulgado, e garanto-lhes que foi de um prazer imenso.
Ontem mesmo assisti O Escafandro e a Borboleta (simplesmente brilhante e emocionante) e não me senti qualificado e tampouco inspirado para comentá-lo, o que não vem a ser o caso desta comédia dramática, que me sinto implicitamente obrigado a brevemente debatê-la.
Uma comédia de humor negro, repleta de dramaticidade, com um tom policial britânico que lembra em muitos atos ao também inglês Guy Ritchie.
A dupla de atores, melhor dizendo o trio, composto por Colin Farrel em talvez a sua melhor interpretação (tanto é verdade que levou o Globo de Ouro), Brendan Gleeson – não menos estupendamente convincente e brilhante – e Ralph Fiennes, é assustadoramente sensacional, o que contribui incrivelmente para a solidez do filme.
A cena final, o que aparentemente parecia dar um fim que acabasse com toda a qualidade até então apresentada, é de uma seqüência alucinante e ao mesmo tempo bastante elegante, com um desfecho primordial.
Com um roteiro interessantíssimo e uma original e excelente direção pelo novato Martin McDonagh, acrescentando-se atuações brilhantes, o resultado não poderia ter sido melhor: In Bruges é a originalidade que falta ao cinema atual.
Uma salva de palmas a um filme de grande caráter e originalidade!
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