Após a Segunda Guerra Mundial, a Primeira ficou esquecida e somente a Segunda Guerra se tornou um tema bastante utilizado para filmes de guerra. Porém, "Sem Novidade no Front" é uma obra-prima sobre a Primeira Guerra muito maior que vários filmes feitos sobre a guerra sucessora.
Este "senhor" de oitenta anos simplesmente massacra a ideia de nacionalismo, de que morrer pelo seu país é algo belo e doce, de que a guerra é um ótimo lugar para mostrarmos nossa valentia, simplesmente demonstra através da linguagem audiovisual que, em um conflito desses, chegamos animados, ficamos tensos e desesperados e, se não saírmos mortos, saíremos abalados ao reconhecer a verdadeira realidade: a morte está sempre ao seu lado, não se pode ter amigos, é cada um por si, cada minuto desde o treinamento é composto de bastante sofrimento e herói é aquele que consegue sair vivo e em sã consciência, não aquele que mais mata.
Apesar de ser em preto e branco, as cenas de ação em nada devem aos coloridos de hoje, transmite a guerra de uma maneira crua e fria, provoca sentirmos a dor dos personagens nos momentos de maior densidade, essencialmente perfeito em sua ideologia, estar no front de guerra não é um sonho.
Passando-se sob a ótica alemã, a obra expõe momentos de bastante dramaticidade com alguns traços expressionistas, as filmagens são regidas maestralmente pelo diretor, as cenas nas trincheiras são imortais, foi algo que realmente aconteceu e é demonstrado cinematograficamente da melhor maneira possível, as emoções transmitidas pelos atores são parte da composição mítica da película, estando todos de precisos para cima.
"Sem Novidade no Front" é uma obrigação para os fãs de filmes de guerra, busca ser o mais forte e menos sentimental possível, se desenvolve genialmente e transmite uma mensagem instigante. Um clássico que não merece ser esquecido.
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