Alice começa como uma história provinciana, infantil, em que a pequena ouve sua irmã mais velha ler-lhe um conto sobre cavaleiros medievais, enquanto brinca com Diná, sua gatinha de estimação..
Mas no início já se percebe que Alice é autêntica.. temperamental, e não aprecia o livro que a irmã está lendo, pois este não tem figuras.. então, a partir deste momento, a magia do filme começa. Alice passa a conversar com sua gatinha, e então sonha acordada com um mundo que seria só dela, com tudo diferente do que é hoje.
Derrepente, Alice vê um coelho correndo... e a menina, curiosa que é, corre atrás, caindo no poço de uma árvore... e assim começa o sonho de ilusões e fantasias da obra. Alice passa a ver o mundo nesse sonho a partir de seus olhinhos, sempre curiosos, ansiosos, gulosos e teimosos.. Alice parece querer sempre uma resposta para tudo, e ali percebe que, apesar de o mundo de seus sonhos não ser assim tão ideal, pode manipular seus desejos, lidando com o medo do novo, enfrentando situações de um perigo inusitado..
Alice é um conjunto de cenas intensas, com sons que se engalfinham, cores brilhantes e diálogos com conteúdo mais adulto que infantil. É o sonho do Lewis Carroll de um dia, ao pensar na pequena Alice Lidell, menina que inspirou o filme. Não sabemos ao certo se de fato foi sonho dormido ou acordado, mas o que importa, é a construção da imaginação, da ilusão, de saber viver a fantasia e assumir que em alguns momentos nada faz mais o sentido que fazia, quando era apenas sonho não sonhado tão realisticamente... e é então que a realidade passa a ser mais desejada do que o sonho tornar-se real..
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário