Tudo o que eu sabia sobre Marlon Brando era que tinha atuado em O Poderoso Chefão (1972) (que, imperdoavelmente, não vi), feito uma aparição fantasmagórica em algum Superman (depois, vim a saber que se tratava de Superman – O Retorno, filme de 2006 com imagens inéditas do ator em Superman – O Filme, de 1978) e morrido em 2004. Hoje, continuo sabendo pouco, mas já me sinto melhor por ter assistido, no cinema e em película, Uma Rua Chamada Pecado (1951), estrelado por um Brando de 27 anos, Vivian Leigh e Kim Hunter. Esse foi o filme que fez com que o ator chamasse a atenção do público e de Hollywood. Mais tarde ele seria reconhecido como um dos maiores atores da história.
Antes achava que Marlon Brando era desses atores que ficaram bons com o tempo. Começam como jovens bonitos e pouco talentosos, mas que, como quase todo ser humano, de tanto fazer a mesma coisa (papel de galã, nesse caso) criam uma técnica. Na maturidade, convencem o público e a crítica de que a técnica é talento e se tornam atores respeitados. Para coroar a carreira brilhante, um diretor amigo o convida para fazer um papel “difícil” e o ator, simplesmente não sendo péssimo, é alçado à categoria de #MelhorQueTáTendo. Não cabe citar nomes, mas há atores brasileiros que desfrutam desse título graças a esse modelo. Não é o caso de Brando. Em Uma Rua Chamada Pecado o ator já mostra que, mesmo jovem, não era artisticamente ordinário.
Pausa para #xoxar a tradução do título do filme: o original em inglês é A Streetcar Named Desire, mesmo nome da peça de Tennessee Williams em que o filme se baseia. Em português, a peça teatral manteve o nome original e foi traduzida como Um Bonde Chamado Desejo, mas o filme não. Vai entender...
Marlon Brando foi indicado ao Oscar por sua atuação como Stanley Kowalski neste longa dirigido por Elia Kazan. Não ganhou. Vivian Leigh e Kim Hunter, também indicadas, levaram as estatuetas para casa. O filme vale a pena por ser uma adaptação (por muitos considerada a melhor) de Tennessee Williams para a telona, pela oportunidade de ver atuações de grandes lendas do cinema e, no meu caso, por gerar grande interesse por elas.
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