Após os excelentes trabalhos feitos por Joe Wright, “Orgulho e Preconceito” e “Desejo e Reparação”, o diretor nos entrega esta obra totalmente irrelevante. O Solista é um festival de caricaturas, personagens rasos e lição de moral batida.

O filme tem pontos bem interessantes como a direção de Wright (fabulosa a câmera conduzida por ele em meio a cidade ao som de sinfonias) e cena em que o músico visita um ensaio de uma orquestra. Mas, por outro lado, é extremamente irritante como o personagem de Downey Jr., Steve Lopez, esforça em ser "amigo" de Nathaniel Ayers (Foxx), sendo que este, é simplesmente uma matéria em potencial ao jornalista. O que era pra ser uma "troca de moedas" entre o jornalista e o músico acaba dando espaço para uma amizade forçada e sem sentido, com o personagem de Downey Jr. tentando se redimir a todo o momento. Afinal, não levamos estranhos, mesmo que tenham um grande potencial, para jantar em nossas casas.