Filme tropeça em suas próprias pretensões se tornando um filme confuso e irritante.
Países entram em guerra, se ameaçam, criam programas militares tudo por causa de uma coisinha: o Petróleo. O Oriente Médio se tornou um dos lugares de maior renda por ser uma fonte gigantesca de Petróleo, com um baixo custo para extraí-lo. Já em outros continentes onde a extração é mais complicada países investem milhões em companhias petrolíferas.
A idéia do diretor Stephen Gaghan, que venceu o Oscar pelo filme “Traffic”, é digamos muito boa, muitos filmes começarão a sair sobre essa rica fonte que é o petróleo. Porém “Syriana – A Indústria do Petróleo” erra a meu ver em querer ser algo mais do que poderia. A primeira parte do filme tenta ser uma introdução com teor explicativo, tentando de introduzir na indústria do petróleo, mas falha.
Apostando em varias histórias paralelas, que depois tem seu destino cruzado o filme consegue ser extremamente confuso e por horas político.
Uma falta de narrativa coesa talvez tenha sido a principal causa do filme não me agradar. Gaghan tenta fazer um filme complexo, mas acabando o tornando mais confuso do que complexo.
Mas o filme tem algumas boas cenas, a morte do filho de Bryan Woodman (Matt Damon) está entre as melhores. É de se louvar também George Clooney que interpreta Bob Barnes um experiente agente da CIA, o ator teve que engordar 15 quilos para realizar o papel. Clooney consegue ser uma das poucas coisas boas que possam te levar a assistir o filme.
Explicando melhor, a trama se passa quando o agente da CIA Bob Barnes (George Clooney) é recrutado para uma missão em Beirute, mas o agente acaba não concordando com os métodos realizados sendo afastado da corporação.
Paralelamente a isso duas mega indústrias de petróleo irão se fundir, tornando-se uma das maiores do mundo, para isso uma empresa da Suíça é contratada. Bryan Woodman (Matt Damon) é o financista escolhido.
Enquanto isso um rei saudita tem que escolher qual dos dois filhos irão herdar seu trono, o mais velho com pretensões maiores para o Irã e o mais novo apenas querendo se enriquecer mais ainda. Na quarta história um paquistanês começa a treinar para realizar um atentado contra a fusão das empresas.
Basicamente a história do filme é essa, chata! Que em todo seu desenvolvimento parece ser sem sentido e irritante.
A trilha sonora de Alexandre Desplat tenta ajudar, mas acaba sendo inútil graças á fraca montagem do filme, não digo que o roteiro seja ruim, pelo contrário mas a realização foi muito abaixa do esperado.
“Syriana – A Industria do Petróleo” pode ser vista para quem queira entender um pouco mais sobre esse mundo tão disputado ultimamente, mas dificilmente esse filme conseguirá explicar algo.
Totalmente passável.
Nota: 4,5
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