Brook Busey ficou popular no mundo do cinema, por ter sido condecorada com o Oscar de melhor roteiro original em 2008, em sua estréia. Alguém já sabe de quem estou falando? Esse filme foi Juno (2007). Agora sabem? Isso mesmo. Brook Busey é o nome verdadeiro da roteirista Diablo Cody. Só para vocês conhecerem um pouco dessa figura inusitada que surgiu de uma hora para o outra, ela se mudou para Minnesota a fim de morar com seu namorado que conheceu na internet, tempos depois se casaram. Trabalhou de stripper e atendente de tele sexo. Enfim. Todos se surpreenderam com sua chegada no mundo do cinema.
Mas é sobre outro filme que nós vamos falar aqui. “Garota Infernal”, lançado em 2009 e dirigido por Karyn Kusama, também carrega um roteiro escrito por Cody. Mas desta vez a história foi diferente. A produção não ficou como se esperava, e muitos se perguntaram o porquê de um filme com roteiro de uma grande vencedora do Oscar, ter ficado tão ruim. Em início de carreira, a roteirista não conseguiu sustentar o sucesso de sua estréia, e cai bastante no conceito de muitos.
O filme conta a história de Jennifer (Megan Fox), uma adolescente líder de torcida, que é dessas garotas super populares no colégio, e deixa qualquer marmanjo de queixo caído. Como de clichê, tem uma amiga não tão bonita quanto ela (Amanda Seyfried), estudiosa, que pensa com a razão, e carrega um carinho muito forte por Jennifer. Certo dia ocorre um incêndio no bar que elas estão, mas conseguem escapar facilmente, assim como a banda (alguns malucos ávidos por sucesso) que se apresentava no local. Como se nada tivesse acontecido (apenas pessoas gritando desesperadamente com fogo no corpo inteiro), a convite do vocalista, Jennifer entra na sua van, e vai para não sabe onde. Sua amiga Needy, preocupada, sensata e com a cabeça no lugar, tenta convencê-la de que não é uma boa ideia, mas ela não ia perder a chance de sair em um carro com cinco roqueiros “bonitinhos”.
Enfim, depois disso (possuída por algum demônio), ela aparece na casa de sua amiga, coberta de sangue e com uma cara de safada (mas isso ela já tem desde o início), vomitando uma gosma preta altamente sinistra. A partir daí, ela passa a atacar todos os garotos da cidadezinha, e a comê-los (literalmente).
Apenas três fatores levaram as pessoas a assistir esse filme. A crença de que Diablo Cody pudesse repetir a dose de Juno, ou até mesmo melhorar, em um gênero totalmente distinto. A paixão pelos filmes de terror, que faz seus fãs esperarem todos os anos por um filme diferente, e que fuja do padrão. E por último, ver Megan Fox em sua personagem de menina má. Creio que, somente os que foram presenciar a atuação da diva, saíram do cinema satisfeitos (ou não).
O roteiro é uma furada, os fãs de Cody me perdoem, mas ela não supriu nem de longe as expectativas. Ela usa (como também em Juno) muitas referências à cultura pop e intertextualidades, o que é sim legal, mas dessa vez ficou em excesso e de uma maneira não bem aproveitada. Os diálogos não envolvem nem um pouco e dão sono. Mas não é apenas o roteiro que falha, as músicas da trilha sonora não casam com nenhuma cena, e em nenhum momento você tem aquela sensação de suspense, que é o que o filme deveria passar do início ao fim. Então, quem ainda não assistiu, faça-se o favor de não assistir. Esperem o próximo de Diablo Cody, talvez ela tenha aprendido.
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