A algumas semanas quando eu transitava aqui pelo site, fui apresentado a um termo que até então desconhecia, Guilty Pleasures. É um termo que faz referência a filmes de que gostamos e que são tidos como ruins por maioria das pessoas. Pois bem, eis os meus Guilty Pleasures: comédias românticas adolescentes. Eis aqui a minha favorita, 10 Coisas Que Eu Odeio em Você.
Não é à toa que esses filmes sejam um enorme fracasso em termos de crítica, afinal em sua grande maioria eles são compostos de um humor de riso fácil, romances bobos e finais completamente previsíveis. Resumindo, são filmes clichês. Mas, separado-se o joio do trigo, ou seja, separando as comédias ocas das que tem ao menos um mínimo de conteudo, é possível encontrar filmes que conseguem trazer um entretenimento da melhor qualidade.
Adaptado da peça de Shakespeare "A megera domada", o filme conta a estória de duas irmãs, Kat e Bianca, que são completamente diferentes. Uma é antissocial e amante do feminismo, a outra é popular e patricinha. Quando Cameron se apaixona por Bianca, ele se vê obrigado a conseguir um namorado para kat, uma vez que o pai das garotas só permite que Bianca saia de casa sob a tutela da irmã.
Uma coisa é inegável em relação às cómedias românticas: muitas vezes elas são as portas de entrada de bons atores ao cinema. Foi assim com o James Franco em Correndo Atrás, com o Ben Foster em Volta por Cima; e até mesmo com o grande Tom Hanks em Splash- Uma Sereia em Minha Vida. Aqui temos todo o carisma de Julia stiles, Heath Ledger e Joseph Gordon- Levitt.
Vale ressaltar o trabalho de todo o elenco de apoio, que dão vida a persogens ilários, como o professor irritado de Kat, o pai paranoico e Michael, melhor amigo de Cameron. Muito diferente do que se vê hoje, na década de 90 era possível encontar bons atores até entre os coadjuvantes.
O filme ganha pontos por não ser apelativo. Ele não faz uso de nudez, situações atípicas e extremamente forçadas, entre vários outros elementos que ficaram em evidência nos filmes desta e da última década. Ganha também por não querer ser mais do que é, evitando passar mensangens de vida ou amor em seu desenrolar.
Em suma, se fosse para justificar esse meu gosto por comédias românticas, ainda mais as adolescentes, eu diria que é pelo ar de fantasia que elas trazem. É um gênero que tem que existir. No mundo de hoje, onde o cinismo e o individualismo fazem com que o amor seja quase um mito, é bom ver que ele exista de forma leve, divertida e com final feliz ao menos na ficção.
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