Bem melhor que seu anterior, porém ainda contendo muitas falhas tanto no roteiro quanto na produção, "Lua nova" chega aos cinemas batendo recordes e enchendo os cofres das produtoras com o nosso dinheiro.
Há exatamente um ano "Crepúsculo" chegava aos cinemas como um projeto ambicioso, mas cheio de falhas, principalmente na produção que ficou a cargo da diretora Catherine Hardwicke, inexperiente em filmes com efeitos especiais. Com seu sucesso milionário a saga ganhou não apenas uma, mas duas adaptações logo de cara, trazendo às telas a nova continuação "Lua Nova".
Chris Weitz assume a direção desse longa, o que dá mais segurança e perfeição em cenas de ação. Afinal o diretor já trabalhara em filmes como "Bussola de Ouro", que apesar de não ser lá muito bom, levou o Oscar de Melhores Efeitos Especiais. Maquiagem, outro critério muito criticado entre os críticos no primeiro filme, assume também uma nova direção nesse longa, o que também é sinônimo de melhoria. Cenas como a transformação de homens em lobos e as lutas entre os vampiros Voultturi com os Cullen, ganham nossa simpatia e tornam o filme mais emocionante, mas não passa disso, além do que a maioria das cenas de ação presentes no Trailer são os que estão no filme, ou seja o Trailer entrega boa parte da "emoção" dos "efeitos" do longa, o que não é nada bom.
Outra coisa que melhorou bastante também foi a trilha sonora, que ganha vários pontos e torna-se mais madura de um filme para o outro. Em "Crepúsculo" a música tema fica a cargo da banda Paramore, banda pseudo-hardcore que estava sendo modinha na epóca. Aqui bandas indies como The Killers e Radiohead fazem parte da trilha sonora do longa. Além disso uma das cenas mais belas do longa fica claro devido a trilha sonora, categoria que não vem agrdando muito os fãs por ser triste demais.
Mas diante dessas melhorias pergunta-se: Porque "Lua Nova" ainda não funciona e acaba se tornando um dos longas mais chatinhos do ano?
A saga criada por Stephanie Meyer vem "angariando" fãs em todo o mundo de norte ao sul do planeta, e desde o começo, lá no ano passado quando o primeiro capítulo lançou, o intuito era esse. E talvez o problema seja exatamente isso. O primeiro erro talvez seja apenas querer agradar aos fãs da estória, que cá entre nós, não são tão exigentes, e arrecadar dinheiro suficiente para encher os cofres da produtora. Isso fica claro quando muda-se constantemente de diretor entre um filme e outro, quando o mesmo poderia ser quem sabe até um fã do longa, o que poderia ser bem melhor. O segundo erro talvez seja a pressa na qual o filme está sendo produzido, um após outro a cada ano. Semelhança nada agradável por exemplo com "Jogos Mortais" que a cada ano fica pior.
Outro erro são os excessos de clichês que parecem ter crescido entre um filme e outro. Cenas totalmente desnecessárias foram entregues enquanto outras foram descartadas sem dó nem piedade. Dessa vez Pattinson é colocado um pouco de lado abrindo espaço para Taylor Lautner, que não faz nada a mais do que mostrar o corpo. Algumas coisas não se encaixam ao roteiro. E aí vão algumas delas (se você ainda não assistiu não continue):
Primeiro - Porque Edward insiste tanto em separar-se de Bella e depois ainda fica aparecendo pra ela em forma de espírito?
Segundo - Jacob é retratado apenas de forma caricata. Frases como: "O que você está tomando, esteróides?" mostra desde o principio que ele está ali apenas para mostrar os músculos. E se não bastasse, depois de passar tanto tempo "aturando" Bella, Jacob ainda leva um "fora" dela ao final.
Terceiro - Algumas partes da estória que seriam as mais importantes são simplesmente desperdiçados, como por exemplo, os Voultturi. Eles são mostrados na maioria das vezes apenas em takes pequenos e em apenas uma locação. O que é uma frustração pois eles são o principal diferencial deste filme e são simplesmente colocados de lado, para aparecerem nos últimos minutos, apenas como uma desculpa para o possível "suicidio" de Edward.
Quarto - Uma das persongens mais interessantes do longa é simplesmente colocada pra "escanteio". Dakota Fanning que nterpreta Jane, uma das Voultturi, entrega um personagem fraco, devido ao roteiro, mas que podeira ser bem melhor aproveitada, tornando-se apenas uma tentativa frustrada de compará-la a Kirsten Dunst em "Entrevista com o Vampiro", quando interpretou a perfeita e pequena Claudia.
Enfim são vários os "furos" no roteiro que fazem de "Lua nova" um prato cheio para os fãs, mas uma frustração para o grande público, e uma repulsa para os grandes críticos. Bem melhor que o antecessor, mas talvez uma trabalhada melhor no script e um tempo maior para a produção ser bem produzida fariam de "Lua nova" um bom filme.
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