Novo filme de Sandra Bullock agrada mas não subestima. Na verdade o longa traz uma mistura de várias comédias que receberam boas críticas alguns anos atrás - O diabo veste prada! - junto com uma boa atuação da dupla de protagonistas.
Esses tipos de filmes são os que mais lotam as salas de Multiplex, não só no Brasil, mas no mundo todo. Na verdade as fórmulas já são bem conhecidas - o que chamamos de clichê - fazendo com que no começo já percebamos o que vai acontecer no final, o que traz muitas desvantagens a produção. Porém são esses tipos de filmes que "sustentam" a máquina de produção cinematográfica, pelo menos nos Estados Unidos.
Não há como não relembrar alguns outros filmes ao assistirmos este. Há várias referências - ou quem sabe imitação mesmo! - à outros longas de comédia. É quase impossível assistir o começo deste filme e não se lembrar de "O diabo veste prada", ou quem sabe você ache a estória de conhecer a familia do futuro cônjuge muito parecida com outro longa, vide "Entrando numa fria".
Porém apesar do filme ter referências à outros longas, percebemos alguns diferencias que contam muitos pontos a favor da produção. Primeiro, observamos um continuidade no roteiro maravilhosa impedindo que o espectador se canse da trama, propondo situações bastante esgraçadas. Segundo, o filme não é apelativo. A quantidade de produções do gênero que apelam para cenas de nudez e de relações sexuais sustentando sua trama encima desses pretextos são inúmeros, neste longa observamos apenas uma cena de nudez, e muito rápida. Terceiro e mais importante, o que sustenta o longa é principalmente a dupla de atores Sandra Bullock e Ryan Reinolds. São eles os responsáveis por dar vida a um projeto tão fraco, e é isso que conta muitos pontos a favor. Eles dão vida aos personagens, dando-lhes características cômicas e que fogem dos clichês de interpretação. O grupo de atores que completa o "casting" também ajuda, mas é notável que eles estão ali apenas para completar e só.
Anne Fletcher parece ainda está um pouco insegura quando o assunto é direção, porém esse longa já foi um avanço e tanto comparado a outros longas seus como "Ela dança, Eu danço". Volto a dizer, o que ajudou a diretora também foi a dupla de atores que conseguiram disfarçar as falhas não só na direção, mas também - e principalmente! - no roteiro. Fica evidente pela trama o amadorismo e a falta de criatividade, em certos aspectos, do roteirista Peter Chiarelli.
A trilha sonora e a direção de fotografia apenas completam o esperado, sem muitas surpresas ou diferenciais.
No final fica uma sensação de que se não fosse por Bullock e Reinolds o longa seria apenas uma produção descartável.
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