Whisky ainda está crescendo no meu pensamento conforme distanciam-se as horas que me separam do momento em que o assisti.
A monotonia e repetitividade da vida além de uma dificuldade imensa em aceitar mudanças, comodismo, conformismo, solidão e amargura são retratados neste filme sem exageros. A intenção dos diretores é mostrar a vida como ela é: lenta , silenciosa e apática muita vezes. Somos esquemáticos por natureza e tendemos a nos repetir em nossas atividades diárias. Mas sempre que precisamos nos mexer , ou sair da zona de conforto , quando algo quebra nossa tradicional vida rotineira (É o que representa a chegada do Irmão do personagem de Jacobo , Herman).
Algumas opções dos diretores são muito interessantes. Jacobo sente-se reprimido pelo irmão,mas não cabe explicar o motivo desta amargura, não se sabe e nunca fica explícito. O importante é como a figura do irmão mexe com jacobo psicologicamente bem como com sua rotina fria. A emoção de Jacobo em marcar um gol no futebol de mesa é algo muito tocante.
No viés desta situação está Martha, funcionária leal de Jacobo, que aparentemente , tem um sentimento que vai além da formalidade do tratamento empregado-patrão, muito embora também não possamos definí-lo como amor e sim muito mais , respeito e carinho intrínseco a quem sua própria rotina a condicionou.
Muito embora Martha também adentre na vida solitária e fria, tal qual a de Jacobo, a chegada de Herman, também altera sua rotina. Martha porém parece muito mais receptiva à mudança em sua vida ( Herman), algo que Jacobo sempre relutará.
E talvez isso explique o fim um tanto enigmático ( se é que pode se utilizar esta palavra) . Por qual ou quais motivos nos desprendemos de nossa vida? O que nos faz alterar nossa rotina? O que nos faz buscar a vida e querer viver de verdade?
Dinheiro? Amor? O que precisamos para tomar coragem e começar a viver?
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