É incrível como esse Amor se apequena toda vez que o colocamos em perspectiva com Cenas de Um Casamento de Ingmar Bergman. Amor é uma cópia ou uma tentativa de copiar a obra de Bergman , mas sob uma perspectiva muito mais sórdida , muito menos verossímil e sem a genialidade do mestre de outrora.
Muito embora o filme de Haneke seja plasticamente muito bonito e até bem realizado, mas sobretudo , fantasticamente bem atuado por Riva e Trintignant , a profundidade psicológica de seus personagens não chegam nem perto aos de Bergman, sem considerar também a qualidade do texto, bem como o vazio e o silêncio de Haneke pouco significam ou muito pouco.
Não sei se é positivo ou não, mas é inegável que Haneke imprime em seu filme um tom sufocante e angustiante, tal qual o Cenas de um Casamento, e o resultado é interessante. Mas dentre cópias, prefiro sempre o original.
Comparar os dois é um crime a arte, ao cinema, ao teatro , à filosofia, à vida.
Tratar Amor como um filme inigualável também é.
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