Partindo de uma trilogia, A Bússola de Ouro foi o primeiro filme de algo altamente promissor (no papel, sinopse e trailer). Para dar certo, tentaram dois astros do cinema: Daniel Craig e Nicole Kidman, efeitos especiais deslumbrantes (filme caríssimo por sinal), história razoavelmente interessante e premissa legal. No entanto, o filme lançado em 2007 não foi o esperado em nenhum dos quesitos, não obteve lucro e já deu (deve) ter dado por encerrado o projeto.
A Bússola de Ouro foi um fiasco nas bilheterias ao redor do mundo (um dos maiores micos de bilheteria de seu ano). O longa arrecadou cerca 372 milhões de dólares, muito pouco para um filme que custou um bocado. Um desses motivos pode ter sido sua história, que com boa premissa de frente, esconde que por trás existem temas mais do que batidos, como: bem contra o mal, opressão; ou seja, por trás da originalidade não existe nada de novo.
O roteiro escrito pelo próprio diretor Chris Weitz não consegue trazer um pingo de emoção no filme, deixando-o vazio e previsível. Além disso, Weitz falha na própria direção, o diretor deixa o que existe de positivo (além do visual) que é a sua história (mesmo não sendo original) deixada de lado quase que por completo, com isso, os efeitos especiais e o visual ganham grande parte da atenção.
Os Ursos são espetacularmente bem feitos, sensacionais mesmo! Porém, a luta entre os mesmos é fraca demais em termos de emoção. O Rei Urso do mal não assusta nem mesmo uma criança. Criança, essa salva o filme. A personagem principal da história Lyra Belacqua é uma ótima protagonista, ela não é aquela criança chata e irritante, e a atuação de Dakota Blue Richards é ótima, tá aí um dos pontos positivos do filme.
Nicole Kidman como vilã tem boa participação, nada demais, mas aceitável. Craig que é ótimo acaba sendo deixado de lado, e sua atuação não está lá grandes coisas, porém chega a ser inaceitável alguns atores como Christopher Lee (sim ele está no filme) com pouquíssimas falas, ficando totalmente sumido.
Direção média, pois faltou espaço para Weitz, ao contrário do que a New Line deu a Peter Jackson no épico O Senhor dos Anéis; a tentativa deste aqui ser épico falha, mas com uma boa protagonista, visual espetacular, e uma cena aqui e acolá interessante fazem de A Bússola de Ouro não ser um fiasco total, fica apenas como filme mediano, mas que com o passar do tempo fica cada vez mais esquecido, e o projeto de continuação já deve ter apodrecido na gaveta. Pena, pois apesar de um começo médio, poderia dar certo nos outros.
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