Sou suspeito para comentar sobre Tarantino. Mais suspeito ainda quando se trata de Pulp Fiction: Tempo de Violência.
Tarantino é, na minha opinião, um dos melhores diretores da atualidade, portanto, todos os seus filmes despertam um interesse enorme dentro de mim. Essa provável paixão por suas obras começou justamente quando decidi assistir Pulp Fiction (1994), no início do ano. Ano este que me fez aprender boa parte do que sei sobre cinema hoje em dia. De cara pensei que fosse ser um filme chato e desinteressante (confesso que a capa e o título em si não eram atrativos para mim na época. Atualmente penso que Pulp Fiction leva um dos melhores títulos de filme), eis que o início já ganhou minha atenção com a trilha sonora e o diálogo principal. Chega a ser difícil falar sobre Tarantino sem citar seus incríveis diálogos e, por vezes, descontraídos (Quarteirão com Queijo/Royale com Queijo) e seus roteiros espetaculares.
Dentre as inúmeras qualidades do filme, é bom destacar a principal: A ordem não-cronológica. Talvez não seja exatamente a principal mas sim a que mais chama atenção. Pode não ser uma técnica inovadora ou surpreendente, mas quando ela é bem usada (pode-se citar o caso de Amnésia, 2000) o filme ganha outro aspecto. Além de ser rodado em meio a vaivéns, Pulp Fiction trouxe de volta a competência de John Travolta, que está em uma performance impecável. A respeito dele, é válido comentar a memorável cena onde ele e a sensualmente perigosa Mia Wallace estão dançando.
Há apenas um ponto em Pulp Fiction que eu mudaria e envolve justamente a queridinha do Tarantino, Uma Thurman: Sua aparição. Ela poderia E deveria ter sido melhor aproveitada, visto que sua personagem é extremamente importante. Fora isso, meus olhos são incapazes de enxergar uma mísera falha nesse grandioso filme.
Em um resumo geral, Pulp Fiction: Tempo de Violência é um filme que marcou uma época e será lembrado por décadas e décadas arrastando sempre uma legião de fãs, além de ser totalmente original em seu roteiro, personagens, diálogos e cenas. Cenas estas que ficam na cabeça por serem tão bem executadas e trabalhadas. No meu caso, uma que digo ser inesquecível (e que é a minha favorita) é a da overdose. Brilhante!
A direção de Quentin Tarantino é única e merece toda atenção possível, seja aqui ou em qualquer outra de suas obras. Por fim, deixo uma pequena frase que dá início ao sempre citado Ezequiel 25:17:
"The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men."
Seu comentário é genuíno, Pedro. Pulp Fiction é lotado de referências e homenagens a cultura pop, uma salada mista harmonicamente dirigida pelo mestre Tarantino. Não o melhor, mas um dos na história da Sétima Arte. Bom texto. Vale a pena dar uma varrida em comentários desse filme, tão discutido.