A Obra Máxima Sobre a Televisão
A cena em que o personagem de Peter Finch alerta o público sobre a alienação da televisão vem a ser ao meu ver,a mais extraordinária da história do cinema mundial.
Mas voltando ao filme em si,uma obra tensa,que ataca como nunca antes visto,o império das comunicações de uma forma correta e com uma artilharia pesada,tencionando as atenções para o monopólio da televisão e seu uso para a alienação e o distanciamento da realidade,tornando o público,refém da ignorância e da subversão intelectual.
O filme discute sobre o fim da decência e da ética na televisão,em que o personagem Howard Beale (interpretado de forma majestosa pelo falecido Peter Finch),reage a este fim com revolta e passando a atacar os responsáveis por torná-la um espetáculo de promiscuidade e ignorância.
A ganância de Diana Christensen (interpretada pela talentosa Faye Dunaway) e de Frank Hackett (interpretado pelo grande Robert Duvall),colocam a credibilidade da emissora em forte risco,procurando fazer de Beale,um falso profeta e usando de sua revolta para criar um falso herói televisivo,colocando valores em xeque e criando um conflito de valores entre os membros da emissora.
Uma obra espetacular,com um roteiro extraordinário de Paddy Chayefsky e a direção igualmente extraordinária de Sidney Lumet convertem a película em um espetáculo cujo ponto vem a ser alertar as pessoas sobre a falência dos valores televisivos e seu atual uso para alienação e distanciamento da realidade.
Uma película imperdível,uma obra que entrou para a História,pela sua textualização,pela sua inteligência e pelo talento de seu elenco,o diretor e o igualmente brilhante roteirista.
Esta crítica merece ao meu ver,ser recomendada pelo site.
Mas como não tenho este poder,apenas peço aos cabeças do site,que pensem nisto.