De forma magistral, mostra o choque cada vez maior entre uma aristocracia decadente e pragmática disposta a trair tudo e todos que sempre justificaram seus privilégios para mantê-los, e uma burguesia caipira que, cada vez mais, toma o poder, ao mesmo tempo em que se esforça frustradamente para ser reconhecida como igual pela nobreza que tanto a despreza. E, por fim, um povo disposto a derramar o próprio sangue por mudanças, mas... "Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude".

Bom épico, embora desvirtue bastante a história (como qualquer filme do gênero, na verdade). É uma pena que Otávio não tenha se envolvido em nenhum romance famoso, pois gostaria de ver ao menos uma obra que fizesse justiça à sua genialidade.

Parece que tentaram um estilo como o de Deadpool ou Curtindo a Vida Adoidado, mas deu meio errado. Não deu pra dar uma única risada (exceto na parte das cabeçadas na buzina, confesso). Além disso, não entendi qual é a da protagonista. Uma hora, é insana, e noutra, é séria. Parece até que a insanidade é só encenação da personagem.

Apesar de muito se dizer ser desnecessário, o filme completa o arco de Jesse Pinkman e desvenda o mistério sobre o destino de Walter White após o final da série. Sempre com alto índice de adrenalina, assim como a série (exceto no episódio da mosca, é claro), o filme nos leva de volta para o universo de Breaking Bad, em uma viagem de grande nostalgia e muitos flashbacks interessantes. Filme digno da grandiosidade alcançada pela série.