No dia 21 de Julho de 2007 a saga de Harry Potter chegava ao fim com o ultimo livro Harry Potter and the Deathly Hallows, publicado no Brasil sob o título Harry Potter e as Relíquias da Morte. Se tratando de um fenômeno na literatura mundial, todos os fãs ou não esperavam anciosamente a dramatização do capítulo final. A espera terminou em novembro de 2010. Contando novamente com a direção de David Yates, este capítulo chegou com o dever de ser uma amostra do que estaria por vir no capítulo final.
O filme se passa pela primeira vez totalmente de fora dos limites da escola de Hogwarts, sendo sempre conduzido por uma tensão na trama. Harry decidiu não voltar mais para a escola, enquanto não achar e destruir todos os Horcruxes de Lord Voldemort, artefatos que o torna imortal. O filme retrata essa busca épica e a amizade de Harry, Rony e Hermione de forma bela e extremamente cativante. Sim, épica, pois o destino de toda Hogwarts está no desfecho dessa guerra.
O fato da trama se desenvolver fora da escola de bruxos, deu ao diretor várias cartas na manga para apresentar novas idéias e assim, explorar situações que não eram permitidas. Sem dúvida, este filme possui uma das mais belas fotografias de todos os filmes da série, levando o público a viajar junto com o trio para os mais diversos e magníficos lugares. A trilha sonora bastante atraente contribui ainda mais para esta sensação.
A história é muito dinâmica, não há “tempo perdido” ou enrolação. Tudo acontece rápido e um fato leva a outro. Não há pontas soltas e a ação transcorre enquanto eles perseguem as horcruxes e tentam se livrar dos caçadores de Valdemort. Porém, não sei se foi o livro ou a adaptação, mas a todo momento a história se mostrava prevísivel demais. Sempre que ficava uma pergunta no ar, a próxima cena inevitavelmente apresentava a resposta sem cerimônias e sem surpresas nenhuma. O clima de tensão outrora criado fica vazio.
Quando é explicado o que são de fato as relíquias que levam o nome do fime/livro, fica a sensação de que o filme todo não passou de uma introdução para a verdadeira ação que virá a seguir. O desfecho do filme depois de pouco mais de 2 horas é um pouco frustante, acabando sem mais nem menos. Ao deixar a sala de cinema fiquei com a sensação de que o filme todo, apesar de bom e bem feito, não passou de um trailer. O diretor buscou acrescentar uma carga maior de drama na trama, deixando toda a ação e adrenalina para o capítulo final este ano.
Provavelmente por fazer o filme em duas partes, visando obter mais lucros, os produtores optaram por colocar toda ação e clímax na parte final, deixando esta meio vazia. É claro que o filme possui boas cenas de ação e drama, mas sempre parece faltar alguma coisa. Seja como for, o filme é um bom entretenimento para os amantes da saga ou para quem gosta de um bom filme, mas lembrando que mais do que nunca, este capítulo foi produzido diretamente aos milhares de fãs da saga do bruxinho.
Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte I consegue deixar a ansiedade dos fãs a flor da pele, onde sem dúvida alguma, lotarão os cinemas este ano, para encerrar com chave de ouro esta consagrada e milionária saga, que marcou toda uma geração, que cresceu e amadureceu junto com os personagens. Será um estrondoso sucesso, que irá quebrar recordes nas bilheterias e marcará os corações de milhares de fãs ao redor do mundo.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário