Diferentemente de outras produções do cinema B da época, este filme não contém nem 1 segundo de piadinhas ou sequências desnecessárias, muito menos personagens que existem para alivio cômico. Sua trama é centrada em apenas um objetivo, e fica claro que a intenção do diretor Gerardo de Leon é promover uma discussão em torno do polêmico tema.
Embora seja realizado com recursos irrisórios, ilustrados perfeitamente pela dificuldade técnica das filmagens, quando em muitos momentos não se é possível enxergar os personagens, por estarem numa floresta à noite e pela falta de luzes artificiais e naturais. E o que mais fica claro são os péssimos cortes que hora ou ou outra atrapalham o entendimento do que está acontecendo em tela. O ator está em pé conversando com outro, e no corte seguinte não está mais ali, apenas o som de um "estou indo, até logo" é percebido. Exemplos assim se encontram aos montes aqui, mas excetuando os empecilhos seu argumento é interessante, e polêmico também.
O diretor busca promover uma reflexão acerca dos experimentos que são realizados pelo doutor Girard, e o personagem Fitzgerald está ali tanto para questioná-lo quanto para servir de espelho ao telespectador, pois através das dúvidas e questionamentos levantados, o personagem procura não apenas buscar entender, ma se posicionar em relação as intenções e razões para este experimento, exatamente como o público, tornando o roteiro bem mais interessante e instigante.
Por trás ainda das discussões filosóficas e religiosas da trama central no laboratório, ainda tem espaço para relacionamentos conturbados envolvendo marido, mulher, o naufrago e o assistente do doutor, num jogo de chantagem e violência que parece ser a especialidade deste diretor, pois a constrói de forma delicada e nada convencional.
Temas como mulheres traindo seu marido, violência explícita, etc eram censurados nas transmissões daqueles considerados cinema A, mas neste tipo de cinema marginalizado as coisas eram diferentes, e aqui neste filme temos Greta Thyssen se masturbando na cama. O cinema trash chutando código Hays e bundas.
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