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Críticas

Cineplayers

Um filme reconhecido por todos como sendo superior ao seu original - as cores são vibrantes e a história é divertida.

8,0

Com Toy Story 2, lançado em 1999, a Pixar atingiu uma "quase-perfeição". Este é até hoje seu melhor filme e, mesmo estando já com seis anos de idade - muito tempo para a animação digital evoluir - é também seu mais bonito e visualmente engenhoso filme. Uma sequência melhor que o filme original. Raro isso acontecer. Woody e Buzz Lightyear voltavam com tudo naquele ano, em uma aventura muito mais movimentada, divertida, colorida e inteligente - tanto quanto um filme de animação pode ser. Pelo menos um filme de animação que não lançado pelo gênio Hayao Miyazaki.

No início, o filme seria lançado diretamente para vídeo - como acontece com todas as animações da distribuidora dos seus filmes, a Disney (que já não faz algo tão bom quanto a média dos filmes da Pixar há... hmmm... bem... muito, muito tempo). Acontece que o resultado final ficou excepcional, e uma chance de lançar tal preciosidade nos cinemas não poderia ser desperdiçada. Foi o que ocorreu, evidentemente, e hoje a maioria das pessoas e críticos têm a mesma opinião que a minha (ou vice-versa), Toy 2 é melhor filme que o seu original.

A história, hoje já manjada demais, não tenta ser fofa nem fazer rodeios forçando lições de moral como nos filmes da falida (em idéias) Disney. Estas existem, mas acontecem naturalmente de forma quase subliminar. Não há um momento que diga: "vejam, não façam isso crianças". A perda da inocência está muito bem retratada com o personagem de Andy, que está para trocar Woody e seus outros brinquedos por diversões mais juvenis ou pré-adolescentes. Fato real que acontece todos os dias - aqui o filme optou por um final feliz meio que enganoso, não se pode enganar os interesses da idade, mas é uma falha perdoável perante um trabalho tão criativo e esperto.

A trilha sonora tem a música vencedora do Oscar, "When She Loved Me", de Randy Newman, belissimamente bem encaixada no roteiro - os personagens também não precisam parar a história para começarem a cantar e dançar, quebrando o ritmo da narrativa. O filme possui milhões de referência a outros trabalhos da Pixar e a filmes famosos do cinema, como Star Wars e 2001 - Uma Odisséia no Espaço, sem fazer disso uma forma de exibicionismo do roteiro ("vejam, nós entendemos de cinema, conhece essa referência?").

Toy Story 2 conseguiu superar seu original por elevar ao quadrado todas as já excelentes qualidades daquele filme. Interessante o fato de o filme sobreviver por si só: pode facilmente ser compreendido até mesmo pelos pequeninos espectadores sem a necessidade de pré-conhecimentos. Mais um ponto positivo. Foi o auge da Pixar, empresa que sempre primou pela qualidade, mas que desde 1999 não conseguiu criar nada superior, nem sequer algo que chegasse perto desta segunda aventura dos brinquedos.

Comentários (1)

Alan Nina | domingo, 27 de Novembro de 2011 - 00:17

achei interessante também a referência a Jurassic Park, na cena em que o dinossauro tenta alcançar o carro...

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