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Críticas

Cineplayers

Mais um suspense policial básico, que chupa da já clichê fórmula de O Silêncio dos Inocentes.

4,0

Que Angelina Jolie é linda, carismática e extremamente talentosa, isso é fato. Aliás, a filha do ator Jon Voight até tem um Oscar de coadjuvante na estante (por “Garota, Interrompida”). Mas a bela não consegue optar por bons filmes. Não há um filme sequer na filmografia dela que podemos chamar de bom. Só o já citado “Garota, Interrompida” chega perto deste patamar. Os demais são abaixo da crítica. É o caso deste “Roubando Vidas”.

Aqui Jolie é a agente especial do FBI Illeana, que é chamada pela polícia do Canadá a ajudar nas investigações de uma série de assassinatos. Jolie contará com a ajuda de Costa (Ethan Hawke), o único que já viu o psicopata e que pode ser a próxima vítima deste. Só que Jolie se envolve emocionalmente com a testemunha e pode colocar tudo a perder.

O filme é mais um suspense policial tanto em voga depois de “O Silêncio dos Inocentes”. O título se refere ao psicopata, que mata e assume as identidades dos mortos depois. A direção de D.J. Caruso (um diretor costumaz da TV que tinha feito anteriormente no cinema o super interessante “A Sombra de Um Homem”, com Val Kilmer) é até razoável, mas esbarra em um roteiro que deixa muitas brechas e que tem um final que podemos chamar de... risível.

As atuações são ok, com Jolie fazendo corretamente seu papel e ainda emprestando um charme extra. Hawke se esforça em tornar plausível um personagem estranho, com resultado cheio de altos e baixos. Os coadjuvantes de nome são muitos: Gena Rowlands (“Corações Apaixonados”) é a exótica mãe do psicopata, enquanto o francês Jean-Hugues Anglade e o turco Tchéky Karyo são parte da polícia local. Só Olivier Martinez (de “Infidelidade”, mau ator como sempre) está exagerado no papel do investigador canadense que não aprova a agente estrangeira. Curioso é constatar o pouquíssimo tempo que Kiefer Sutherland (voltando ao estrelato por causa da série “24 Horas”) aparece na tela.

Há de se lamentar a trilha sonora do sempre minimalista Philip Glass (“As Horas”), que soa totalmente fora do clima do filme. No geral, tecnicamente o filme segue o padrão hollywoodiano de qualidade, mas não consegue empolgar um minuto sequer. A sensação de já ter visto tudo aquilo, e muito melhor, é corriqueira. Realmente, Angelina Jolie precisa urgentemente de um novo agente.

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