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Críticas

Cineplayers

Muita diversão sem compromisso nessa continuação que supera o original, mesmo com alguns clichês.

7,0

Existem aqueles filmes que são arrasa-quarteirões, feitos para fazer você senti-lo, emocionar-se, envolver-se, e existem aqueles com o objetivo somente de fazer-lhe se divertir. O segundo filme da série A Múmia, intitulado de O Retorno da Múmia, enquadra-se nesse segundo patamar de filmes, com alguns acertos bem legais, mas alguns erros primários e inspirações já manjadas por diversos outros filmes.

O ponto alto do filme é Brendan Fraser. Seu personagem é inspirado no imortal Indiana Jones, interpretado por Harrison Ford no início dos anos 80, e conta com uma perfeita interpretação, misturando emoções, amadurecimento após o primeiro filme e uma segurança incrível. As cenas engraçadas feitas pelo ator até foram facilitadas pelos seus outros papéis nas telonas, como no bom filme Endiabrado, e conseguem tirar algumas sinceras risadas dos telespectadores.

Rachel Weisz conduz sua personagem no mesmo nível. Talvez não tão perfeitamente quanto Brendan, mas com uma sutileza e graciosidade dignas de uma boa atuação. Os dois formam um casal carismático e bem trabalhado, que fica ainda mais reforçado com a inclusão do filho do casal, que só faz besteiras ao longo das quase duas horas de filme. Um personagem com um carisma incrivelmente bem aplicado e de excelente interpretação. Dos demais atores, não gostei muito das atuações, muito mecânicas, apenas com os personagens Jonathan e Ardeth Bay ficando acima da média do elenco.

O enredo parte do ponto que é o ano do escorpião, e se não tiver um bravo herói para derrotar o poderoso guerreiro aprisionado por um maligno espírito seu exército destruirá a Terra. A múmia, como acreditam seus seguidores, é capaz de derrotar o monstro, e com a ajuda da reencarnação de uma antiga amada do monstro o ressuscitam, dando início a mais uma aventura para Brendan e sua família.

Eu gostei bastante do enredo. Clichê? Sim, um pouco. Até previsível às vezes, mas foi muito bem aplicado, com uma evolução perfeita, os acontecimentos todos na hora certa. Possui aquelas cenas que você se contorce um pouco para engolir, mas não é nada que possa ser considerado grave, principalmente em um filme onde existem múmias e livros que dão e tiram vidas. O melhor de tudo é que o diretor / roteirista Stephen Sommers tinha consciência de tais clichês, e encaixou muito bem diálogos do tipo "ah, é sempre assim" pelos personagens, acertando em cheio e marcando ponto, mesmo sem uma profundidade digna de elogios.

Os efeitos especiais fazem sua parte, mesmo ficando muito atrás de filmes da mesma época. Os cenários alteram pontos altos e baixos, com belíssimas paisagens em algumas cenas e artificiais demais em outras. Mas uma coisa não há do que reclamar: a ambientação. O filme todo roda por lugares que muito bonitos, captando o clima que uma "tumba" passa.

Os extras que vem no DVD promovem o fraco O Escorpião Rei, um filme que tem sua história antecedendo aos acontecimentos dos dois primeiros filmes lançados. Trailers, entrevistas com o The Rock, mas o melhor mesmo fica por conta das entrevistas feitas com os atores do filme e como foram produzidos os efeitos do filme, desde a idéia inicial da múmia até os mais complexos. Tem bons extras, principalmente para os fãs.

O Retorno da Múmia é o melhor filme da série, muito bom em termos de ação e perfeito para mentes descompromissadas, que não visam um enredo profundo, porém bom, e personagens trabalhados em todos os sentidos, apenas com suas características básicas traçadas e aplicadas ao longo do filme. Muitos tiros, aventura e muita emoção lhe aguardam nesse filme que consegue o papel principal: divertir.

Comentários (3)

Marlon Tolksdorf | terça-feira, 23 de Fevereiro de 2016 - 10:30

Os efeitos do escorpião neste filme, hoje a gente pode perceber, são os piores da década, talvez até das décadas passadas.

Italo | terça-feira, 23 de Fevereiro de 2016 - 11:20

lista de quem te perguntou algo:









Luiz F. Vila Nova | terça-feira, 23 de Fevereiro de 2016 - 11:20

O Primeiro é melhor, embora este também seja divertido. E alguns efeitos visuais do filme são bem toscos mesmo (o Escorpião Rei que o diga).

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