Saltar para o conteúdo

Críticas

Cineplayers

Um desperdício de dinheiro para quem gastar com esse filme nos cinemas ou nas locadoras. Fique longe!

1,0

Sam Raimi vem sujando seriamente sua imagem como produtor. Como diretor, não há dúvidas de sua genialidade. Agora, como produtor, vem assinando obras e mais obras de terror genéricas, sem graça, clichês, que não assustam e não trazem nada de novo. O Pesadelo, para variar, não foge desta triste regra. É um filme de terror sem sal, que não assusta, não diverte, não tem conteúdo... Enfim, é um nada em meio a tantos títulos do gênero – assim como a grande maioria que infesta o mercado toda semana.

A história gira em torno da lenda urbana infantil do famoso bicho-papão. Tim Jensen (Barry Watson) é um jovem traumatizado após a morte de seu pai, justamente pelas mãos do dito cujo, quando ainda era criança. Ele tenta levar uma vida normal, estudando, namorando e tudo mais, mas não consegue esquecer o ocorrido com seu pai. O mostrengo retorna à vida de Tim, atormentando todos à sua volta. Decidido a acabar de uma vez por todas com isso, ele decide retornar à casa onde seu pai faleceu para passar uma noite sozinho no local.

O filme tenta focar tanto o drama do rapaz quanto o desespero de estar sendo constantemente perseguido por um monstro, mas falha em todos os sentidos. Primeiro porque não há como entrar na história devido ao ridículo roteiro; segundo porque as situações usam e abusam dos clichês; e, terceiro, porque todas as cenas são simplesmente risíveis. É um filme sem pé nem cabeça, que tenta montar um organograma interessante dos acontecimentos, mas tudo o que consegue fazer é nos irritar tamanha a idiotice das coisas que acontecem. Nem rir é possível.

Há diversos absurdos. O monstro, por exemplo, não ataca apenas o personagem, mas sim todas as pessoas que atravessam seu caminho. Pensando assim, fica ridículo racionar o porquê diabos as pessoas desconheciam sua existência. Fora que ele mostra várias coisas, mas não explica nadicas de nada. Até aí, tudo bem, há diversos filmes que fazem isso. Porém, aqui o recurso não é interessante, pois não podemos montar um sentido com tudo o que é mostrado. O filme fica ainda pior a partir do momento que o monstro deixa de ser sugestivo para se tornar explícito. É isso mesmo, o bicho-papão dá as caras na tela.

Mas não é como em um filme trash, onde você ri naturalmente das coisas que acontecem. Aqui é impossível se divertir, achar graça e sair da sala de cinema sem se sentir um idiota. É um dos piores trabalhos que vi nos cinemas, e espero poupar o dinheiro suado de muita gente com esta análise – seja com aluguéis ou os abusivos preços das salas de exibição. Tudo fica ainda pior por haver uma técnica inconstante, de montagem confusa e desnecessária, com interpretações banais e um som que usa e abusa de sustos mais fáceis.

O armário de sua casa nunca mais vai ser o mesmo. Infelizmente, no pior sentido da expressão.

Comentários (0)

Faça login para comentar.