Desnecessário e extremamente burro, o filme é apenas mais uma refilmagem infeliz.
Uma das refilmagens mais desnecessárias dos últimos tempos. Primeiramente, porque o filme orginal, de mesmo nome, é de 1986, ou seja, relativamente recente. Em 2003, a primeira produção ganhou uma continuação, A Morte pede Carona 2, lançada diretamente em DVD, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O cult do terror dos anos 80 volta sob nova embalagem, porém sem nada de interessante em seu conteúdo, não acrescentando nada à produção original.
O casal de namorados Grace (Sophia Bush) e Jim (Zachary Knighton) inicia uma viagem de carro para aproveitar o feriado de primavera norte-americano. A viagem começa a se tornar um pesadelo quando Jim aceita dar carona a um estranho. Depois de conseguir sobreviver ao primeiro ataque do maníaco, o casal passa a ser perseguido pelo assassino que, além de atormentá-los, tentará fazer com que os namorados sejam incriminados pelos crimes que ele cometeu.
Terror, horror, suspense, seja lá o que pretendia ser, este filme, do diretor David Meyers, não consegue dar medo, não deixa ninguém horrozidado com nenhuma situação proposta, e, em momento algum, envolve o espectador em seu pseudo-suspense. Uma produção sem clímax algum. Quem assistiu ao original, já sabe tudo o que irá acontecer, mas quem não viu a primeira versão, também saberá exatamente tudo o que surgirá na tela. Previsível em excesso. As cenas são, quase em sua totalidade, ridículas, sem sentido. Existem dois trechos que demonstram como um filme brinca com o público, nivelando a obra a um nível baixíssimo. Quando Jim está amordaçado e amarrado, por que Grace não tira a mordaça do namorado? Essa atitude, que qualquer pessoa normal teria, poderia dar outro rumo aos acontecimentos posteriores. Só mais um exemplo: por que o helicóptero da polícia em perseguição ao carro dos namorados, não avisa, por rádio, que há um outro carro suspeito, depois que o motorista do automóvel atira no primeiro policial? Isso, sem comentar o desfecho ridículo dessa passagem.
Há tempos não via dois adolescentes tão estúpidos. Se no começo pareciam ser inteligentes, no decorrer da história vão dando provas de suas capacidades limitadas de raciocínio. Uma burrice inacreditável atrás da outra. Tirando o fato de os protagonistas não tomarem, praticamente, nenhuma decisão acertada, querendo brincar de heróis diante de um perigo monstruoso, o longa se utiliza demais do impossível. Não dá mesmo para levar a sério. Ainda é necessário acreditar na possibilidade de o assassino ser o “dono da estrada”. Ninguém o consegue deter, ele conhece todos os caminhos da rodovia, faz o que quiser, a hora que deseja, e assim por diante. No fim das contas, A Morte pede Carona poderia acabar depois de percorridos menos de 20 minutos, já que logo após sofrer um primeiro ataque, só dois ignorantes, como o tal casal, continuariam a tomar as decisões vistas na tela.
Chato durante toda sua curta extensão (84 minutos), talvez, A Morte pede Carona faça com que você queira realizar a vontade do pscicopata da história, desejando morrer durante ou ao final da projeção. Fuja desta refilmagem.
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