Mestre do Disfarce nem parece ser exatamente um filme. Está mais para uma sequência de esquetes humorísticas de televisão. Dana Carvey é mais um saído do Saturday Nigth Live, a mais famosa série de televisão cômica dos Estados Unidos (e de onde os nossos Cassetas e Planetas freqüentemente buscam inspiração), que ganhou fama fora do show principalmente em Quanto Mais Idiota Melhor, quando atuou ao lado de Mike Myers, integrando a dupla de protagonistas do filme.

O diretor Perry Andelin Blake é novato no cargo, mas ainda assim experiente no meio, já que ajudou a produzir inúmeros filmes da turma do SNL, principalmente de Adam Sandler, como Mr. Deeds, O Rei d´Água, O Paizão, entre outros. E, finalmente, complementam o trio de protagonistas, ao lado de Carvey, Harold Gould, que interpreta o seu avô, e Jennifer Esposito, o interesse amoroso do "mestre do disfarce".

Carvey é mais especificamente Pistachio Disguisey, o mais novo de uma família milenar de grandes mestres na arte do disfarce. Porém, seu pai cansou da profissão, e resolveu quebrar a seqüência de aventuras da família, abrindo um restaurante e levando uma vida mais calma com seu filho Pistachio. Isso, até que ele é seqüestrado por um maldoso megalomaníaco que quer obrigá-lo a roubar, usando suas velhas habilidades de disfarce, objetos importantes para os Estados Unidos, como a cópia original da primeira constituição, e até mesmo o módulo lunar da Apollo 11. Cabe a Pistachio então se transformar em um mestre do disfarce, para resgatar seu pai, com a ajuda de Jennifer (Esposito) e de seu avô (Gould).

O filme não exige análise profunda nem inteligência aprimorada para ser assistido. Ele simplesmente vai jogando na tela, uma a uma, situações que tentam divertir o espectador, com um roteiro totalmente horrível. Algumas piadas convencem e fazem rir, mas a grande maioria nem chega a divertir. O filme é um dos mais curtos que já vi: tirando os créditos, são aproximadamente 69 minutos, por isso há ao todo 11 minutos de imagens off-take, ou seja, de piadas de bastidores, para complementá-lo. Infelizmente, mesmo essas piadas finais não ajudam a levantar a moral desta tentativa de comédia.

Enfim, se você resolver arriscar vai estar levando pra casa um passatempo extremamente rápido (talvez o fato que o salve da mediocridade é a sua curta duração - não dá tempo pra se entediar), algumas piadas interessantes dentro de dezenas de outras nem tanto, e... bem, é só isso mesmo! Definição de "filme leve para toda a família" melhor não há. Só que poderia ter tido um pouco mais de qualidade, ainda mais para um ator com tanta experiência cômica quanto Dana Carvey.