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Enigma de Outro Mundo, O

(Thing, The, 1982)
8,2
Média
515 votos
?
Sua nota

Críticas

Cineplayers

Um clássico do horror/ficção, um trabalho paranóico de John Carpenter.

6,0

Imagine a seguinte situação: você e mais onze homens em uma estação de pesquisas na Antártida, totalmente isolados do mundo. Nisso, aparece um organismo alienígena, cujo menor contato pode dominar uma pessoa e a assimilar completamente, e como é uma cópia perfeita da pessoa, esse organismo pode matar, se nutrir e se proliferar livremente. Você seria capaz de confiar em alguém? De ficar sozinho com alguém?

Pois essa é a essência de The Thing (Enigma do Outro Mundo). Um filme do mestre John Carpenter, um cineasta que nos anos 70 e 80 produzia filmes capazes de mexer com qualquer pessoa. The Thing é um filme claustrofóbico e paranóico. Um verdadeiro clássico do horror/ficção.

O filme começa mostrando uma nave espacial caindo na Terra, mais precisamente na Antártida. Essa nave passa cerca de  100 mil anos enterrada na gelo, até ser descoberta por um grupo de pesquisadores noruegueses. As seqüências a seguir mostram um helicóptero perseguindo um cachorro, tentando o matar a todo custo, chegando inclusive a atirar nos pesquisadores de outra estação de pesquisa, dessa vez americana.

Em um ato de defesa, os noruegueses são mortos pelos americanos e o cão, recolhido a um canil, junto a outros cães. Para tentar entender o motivo da insanidade dos noruegueses, os pesquisadores americanos partem em busca de pistas na estação norueguesa, e lá, através de relatos gravados em fitas cassetes, acabam descobrindo que a situação é extremamente mais complicada do que haviam imaginado.

A partir daí o filme é uma seqüência de discussões, brigas, mortes e sangue jorrando aos litros. 12 pesquisadores que vão morrendo um a um. Como saber quem está ou não infectado? Em quem confiar? 

Apesar de ter fracassado nas bilheterias no mundo inteiro, esse filme é considerado um clássico da ficção. Pois mesmo sendo feito numa época que praticamente inexistiam efeitos especiais, ele possui cenas de que põem muitas feitas no computador hoje em dia no chinelo. Realistas ao extremo. Obra de um excelente trabalho de maquiagem e robótica.

Mas, como nada é perfeito, o roteiro possui algumas brechas. Como a total falta de sensatez dos americanos, que acolhem um animal que estava sendo perseguido sem o estudar melhor. Tal situação exigiria no mínimo uma quarentena. Ou o fato de um dos infectados em pouco tempo e com restos de material, conseguir montar uma estrutura de nave espacial. São pequenos detalhes que não chegam a estragar a diversão, mas se recebessem uma maior atenção, certamente abrilhantariam a película, tornando-a ainda mais prazerosa.

Se você ainda não viu, ou não se lembra, o DVD é altamente recomendado. Assista ao filme e duvido que não se impressionará com algumas cenas. Entre as de maior destaque estão a carnificina no canil, o teste no sangue dos sobreviventes e uma cena que mostra uma espécie de cabeça-aranha andando e usando a língua como chicote.

O final é praticamente aberto, e é muito estranho que não tenham feito uma continuação para ele. Talvez tenha sido o fato do fracasso nas bilheterias, mas ele mereceria uma boa continuação nos dias atuais (na verdade há uma continuação, mas não em filme, em game) ou até mesmo uma refilmagem. Mas, no caso de uma refilmagem, ela seria a terceira. Pois esse filme já é uma refilmagem do filme "O Monstro do Ártico" de 1951, que por sua vez foi adaptado de um romance homônimo.

Como Hollywood anda sofrendo um surto de refilmagens, quem sabe um dia nos deparemos com a notícia de uma refilmagem dessa obra? Com os recursos de hoje, as possibilidades seriam muito mais interessantes.

Comentários (3)

Caio Gouveia | terça-feira, 20 de Dezembro de 2011 - 14:19

O filme é mto bom...e parece aquele tipo de obra q pede um remake.

Mas diz uma coisa...essa crítica foi escrita ali, rapidinho. Né?

Cristian Oliveira Bruno | terça-feira, 26 de Novembro de 2013 - 14:01

É um dos meus filmes favoritos e o melhor de John Carpenter, melhor do que Halloween e Aventureiros do Bairro Proibido, outras duas obras do diretor que guardo com carinho na minha coleção. Pra quem não sabe, esse filme inspirou Resident Evil (o game, não o filme). Em comemoração aos 30 anos de seu lançamento, foi produzida uma prequel, mantendo a tradução literal do título, A Coisa (The Thing, 2011). Porém, o filme é um lixo completamente descartável. Primeiro por que não havia necessidade nenhuma de contar o que havia acontecido na base norueguesa, pois o filme de 1982 deixa isso muito bem definido. Segundo, o filme se baseou 100% em efeitos especias (muito mal feitos, por sinal) e não possui suspense ou terror. Terceiro, por que entregaram a responsabilidade a um diretor estreante que nem parece ter assistido ao filme de 1982. O que dizer da cena onde a protagonista confere as obturações dos outros personagens? Um exercício de paciência e de boa vontade para com essa \"coisa\".

Marcelo Queiroz | quarta-feira, 13 de Janeiro de 2016 - 12:21

Assistirei hoje pela primeira vez. Gosto do Carpenter e espero gostar deste 😁

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