Desprezível, ultrapassado e chato. A única coisa que sai daqui são risadas forçadas.
O Dono da Festa 2 chegou às locadoras como uma daquelas seqüências absolutamente gratuitas, que ninguém pediu e ninguém queria. Foi um fracasso imenso nos cinemas norte-americanos e um desastre de crítica por lá. Tudo isso, claro, era previsível antes de qualquer um ter visto o filme. Ao contrário de seu antecessor, que era engraçadinho e razoavelmente divertido (e fez um pouco de sucesso, tanto que por isso ganhou esta seqüência), esse é totalmente desinteressante e não faz rir.
O filme não é muito mais do que um monte de piadas escatológicas absolutamente batidas. Elas não são necessariamente de mau gosto (não são piores, por exemplo, que as da série American Pie), são simplesmente ruins. O sexo, obviamente, é utilizado como ingrediente apelativo, o que é previsível, até porque essa característica foi vendida desde o trailer do filme. Para os machistas, é um prato cheio ver um monte de mulheres serem utilizadas como decoração pura.
Sem Ryan Reynolds no papel principal, a responsabilidade de “zoar” as moças ficou com Kal Penn, que era coadjuvante no filme original. Infelizmente, Penn tem carisma mínimo para esse tipo de papel (embora tampouco Reynolds conseguisse salvar o filme). O par amoroso do mocinho, apesar de ser uma garota muito bonita, também não demonstra nada além de sua beleza. Obviamente o roteiro não a ajuda, pois mesmo nos momentos mais “sentimentais” os textos são fracos e óbvios. Enfim, não é um tipo de filme bom para julgar capacidades artísticas de seus atores – no máximo, para julgar o quanto seus empresários são burros.
Como geralmente acontece no subgênero “comédia adolescente”, os coadjuvantes do filme são absolutamente genéricos, com destaque [negativo] para o vilão burguês que compensa a falta de cérebro com dinheiro. Outros coadjuvantes se resumem aos típicos nerds e às típicas garotas vagabundas acéfalas. Há uma festa na fraternidade e o vilão vai se dar mal no final... ZZZZZ!
A impressão que se tem é de que o filme foi lançado com pelo menos três anos de atraso - se tivesse saído na época do auge desse subgênero hoje totalmente desgastado, teria se dado melhor. Isso, é claro, não faria dele um bom filme, mas talvez um filme mais suportável. Mesmo julgando O Dono da Festa 2 pelo que ele deveria ser – a velha "diversão descompromissada" (porque devemos ser tão coniventes com esse chavão?) – o resultado é desastroso, pois deve-se ter muita boa vontade para tirar algo proveitoso além de risadas forçadas. Não há nada além disso aqui.
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