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Críticas

Cineplayers

Um bom terror psicológico, tecnicmente belíssimo.

8,0

Finalmente chegou ao Brasil um dos maiores sucessos de 2002 nos EUA, este é o remake da Dreamworks para o cult filme japonês Ringu, dirigido por Hideo Nakata e na versão americana por Gore Verbinsky, o mesmo responsável pelo decepcionante "A Mexicana". Com a bela Naomi Watts (de Mulholland Drive - Cidade dos Sonhos) liderando o elenco, dessa vez ele acertou com esse estiloso filme de suspense e terror com elementos de mistério que já garantiu sua continuação (o original japonês é uma trilogia).

O forte de The Ring não está em sangue, efeitos ou pulos da cadeira mas em sua bizarra história, que exige um certo grau de comprometimento do espectador e é onde reside a alma do filme. Ela é um tanto quanto inverossímil e repleta de buracos, mas o roteiro lida com essas deficiências usando-as como vantagem, tornando The Ring uma experiência inquietante e válida, se você for um espectador com a mente aberta.

Quanto menos se fala da história melhor, deixa mais peças para o espectador juntar. A sinopse pode ser resumida por uma misteriosa fita de vídeo que surge na vida de uma repórter; o conteúdo da fita, segundo lendas urbanas, mata a pessoa que a assiste sete dias depois. Nossa incrédula repórter vê a fita obviamente e recebe o fatídico telefonema, restando a ela sete dias para tentar resolver o mistério antes de morrer. Não vi o original japonês e como a maioria das pessoas que vai vê-lo também não, nem vou tentar comparar (nem posso), mas os japoneses vêm dando um banho nos americanos nos últimos anos em matéria de terror, com filmes absolutamente originais que renovaram o gênero. Obviamente vários remakes via USA já estão a caminho (até Tom Cruise está interessado) e The Ring é apenas o primeiro; se os próximos seguirem a qualidade desse ou melhorarem, podem mandar.

A partir dessa premissa o filme vai construindo o seu mistério, criando uma nova e interessante mitologia de terror para os novos tempos. The Ring é um filme de clima denso, realçado pela bela fotografia de cores lavadas, quase preto e branco onde muito pouco acontece realmente e, mesmo assim, não senti o tempo passar. A resolução da história foi ao estilo dos filmes antigos de terror psicológico, não ao estilo Shyamalan, mais como um bom Polanski. Não vou falar mais nada pra não estragar, mas devo dizer que quase bati palmas ao final do filme, enquanto via algumas pessoas xingando.

Aliás, assisti o filme com uma das platéias mais mal educadas que eu já tive o desprazer de encontrar, um bando de adolescentes não parava de falar durante a sessão, que merda! Me desculpem os adolescentes que estiverem lendo essas humildes linhas, sei que não são todos assim, mas tem alguns que são tão ignorantes que dá vontade de matar.

Depois desse desabafo eu só posso dizer que fiquei satisfeito com o filme, mas acredito que ele será melhor aproveitado em vídeo, sem uma platéia de pessoas estúpidas atrapalhando.

Comentários (1)

Cristian Oliveira Bruno | sábado, 23 de Novembro de 2013 - 18:04

Sinceramente, nuca entendi o sucesso desse filme com uma história tão ridícula e um fantasma tão genérico....mas o bom do terror é isso: não tem que fazer sentido, e sim assustar ou entreter. Pena que comigto, O Chamado não funcionou nem de um jeito, nem de outro.... dou nota 0,5

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