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Críticas

Cineplayers

Joga no lixo tudo o que o primeiro acertara para contar uma história batida e totalmente apelativa.

0,5

A Bruxa de Blair, 1999. Três estudantes vão para a floresta de Black Hills, nos EUA, filmar um documentário sobre uma lenda local. Algum tempo depois, a gravação que fizeram é encontrada e seu legado tem como nome “A Bruxa de Blair”, que descreve a agonizante e angustiante viagem dos três jovens por cinco dias na floresta de Black Hills, que terminaria em tragédia com a morte dos três personagens principais do primeiro filme.

Imenso sucesso nas bilheterias de todo o mundo e um marco do cinema nos filmes de terror em pleno anos 90, o filme rapidamente se transformou num verdadeiro clássico, uma verdadeira febre mundial. Então, o que estava óbvio se concretizou pouco tempo depois do sucesso do primeiro filme: uma continuação (praga Holliwoodiana) caça-níquel estava por vir.

Triste, absurda, horrorosa, desmerecedora, estúpida, pífia, ridícula, previsível, idiota, medíocre e sem graça. Não existem palavras para descreverem o quão desprezível é esta continuação. Aliás, A Bruxa de Blair 2 mostra-nos e é a prova viva ao ponto que chega a ganância por se lucrar com uma continuação sem nexo, cujo filme que o antecedeu fora um verdadeiro sucesso.

O enredo, pra variar um pouco, pega carona na onda do primeiro filme. Alguns estudantes da Universidade de Boston, atraídos pelos acontecimentos de três anos atrás (onde foi passado o primeiro filme), resolvem ir a floresta de Black Hills desvendar o que possivelmente poderia ter acontecido com os três jovens que passaram 5 dias na floresta.

O filme perde sua originalidade a começar pelo modo de filmagem. Aquele modo simples e amador do primeiro filme simplesmente desapareceu, decepcionando muito dos fãs do primeiro filme. O horror teen fraco toma conta da película. Fiquei surpreendido como Daniel Myrick e Eduardo Sanchez, idealizadores do primeiro filme (roteiristas, diretores que também trabalharam na montagem) tiveram a idéia insana de tocar esse projeto para frente.

Na fotografia tivemos uma grande decepção. As tomadas noturnas do primeiro filme nos passavam uma impressão assustadora do local onde a história se passava, ótimas tomadas. Apesar do filme não ser em preto-e-branco, tínhamos todo um condicionamento que nos levava a crer que as tomadas eram realmente em tais condições. No segundo filme o aspecto é deixado de lado. Agora o mais importante e o foco é mostrar adolescentes berrando, levando tudo na farra, transando e enchendo a cara até não poder mais e, claro, correndo. Aliás, por falar neles, se a fotografia foi uma decepção, não acho palavras pra tentar dizer o quão medíocre é o elenco. É muito amadorismo para um grupo só. E o que me espanta é que os produtores ganharam tanto dinheiro com o primeiro filme e nem se deram o trabalho de escolher alguém decente para o papel (ou “os papéis”) principal (principais).

O clima do filme é muito artificial. Você sente que aquilo tudo é papo furado e, o pior, sabe aquela sensação que você tem em filmes ruins, quando a história é apenas um pretexto para ver cenas tais como mortes em demasia, assassinatos misteriosos (se é que podemos chamar desse modo nesta continuação) e sustos nada aterrorizantes? Então... Essa superficialidade toda estraga um filme que já “nasceu” errado.

O som do primeiro filme, que estava lá, sempre presente nos momentos mais assustadores e ajudava em seus momentos de tensão mais fortes, simplesmente é deixado de lado aqui. Música alta, muitos gritos e quando você pensa que já ouviu demais, mais berros a vista... É isso a que se resume o papel desse importante quesito que é o som, que sempre é importante, seja lá qual for o gênero do filme.

Concluindo, apenas posso dar a você, caro leitor, um bom conselho: fique longe desse filme, custe o que custar. Esse é um dos piores filmes de Horror Teen que há no mercado... Produções como Glitter – O Brilho de Uma Estrela (de Mariah Carey) chegam a ser obra-prima perto desta fatídica continuação, que foi um verdadeiro horror para os fãs do primeiro filme. Esperamos agora pela Bruxa de Blair 3, que já foi anunciado e deve sair em meados desse ano, isso se não for adiado para 2004. De qualquer forma, vamos ver que bicho vai dar.

Só não dou nota 0,0 (zero) a este filme porque Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro consegue fazer pior, apesar dos gêneros serem completamente diferentes.

Comentários (1)

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