Um [muito] pequeno filme de terror e humor negro.
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7,0
Glenn Berggoetz recebeu sua parcela de atenção (pelo menos no mundo dos filmes B*) quando, por volta de 2011, seu filme "The Worst Movie Ever!" (idem, 2011) faturou incríveis US$ 11 durante sua estreia nas bilheterias americanas. O "Pior Filme do Mundo" de fato recebia a pior bilheteria de inauguração de todos os tempos. De lá para cá, Glenn passou pelo mundo dos zumbis com "Midget Zombie Takeover" (idem, 2013) e este ano lança este Auto Shop of Horrors, sempre com baixíssimos orçamentos (o IMDb lista US$ 2.000 gastos para este filme), mas tentando levar a essência do Cinema B para suas obras: exageros, humor negro e interpretações [ultra] canastronas.
E assim, embalado pela divertidíssima trilha que dá nome ao filme - "Auto Shop of Horrors" (idem, 2016), interpretada por "Over The Castle" (coloque esses nomes no Youtube no caso de estar interessado) - Glenn interpreta o doente Randy, dono de uma oficina mecânica interessado em comer olhos humanos para conseguir enxergar o futuro. É isso que diziam os Aztecas, segundo ele, ao menos. Trata-se de uma sequência de assassinatos sem pé nem cabeça - a maioria divertidíssima - investigadas por um detetive mais interessado em comer rosquinhas do que encontrar o assassino.
O que desperta o interesse aqui é a cara-de-pau do filme em reutilizar inúmeras vezes os mesmos planos-sequência - virtualmente a cada assassinato bem-sucedido de Randy, a cena da "limpeza do corpo" é reaproveitada. Ele faz isso sem concessões, sem medo de parecer ridículo ou sequer tentando esconder esse defeito/limitação. O filme é de espírito livre e isso funciona na maioria das vezes. Tem certa repetição ou redundância nas cenas (acredito que seja seu maior ponto fraco), mas quando o ritmo cai, ele nos vence com uma nova cena estapafúrdia. Uma outra crítica pertinente talvez seja o pouco uso do gore, considerando o tema.
Homenagem a A Pequena Loja dos Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960), "Auto Shop of Horrors" é para um público extremamente restrito e dificilmente verá um lançamento de qualquer tipo no Brasil, mas para amantes dos reais "filmes B"* é uma pequena obra que merece ser assistida, se houver oportunidade.
* O termo filme B foi alterado ao longo dos tempos e hoje não há uma definição única aceita. Esta transita entre "filme de baixo orçamento", "filme decadente", "filme propositalmente (ou não) mal realizado", etc.
E assim, embalado pela divertidíssima trilha que dá nome ao filme - "Auto Shop of Horrors" (idem, 2016), interpretada por "Over The Castle" (coloque esses nomes no Youtube no caso de estar interessado) - Glenn interpreta o doente Randy, dono de uma oficina mecânica interessado em comer olhos humanos para conseguir enxergar o futuro. É isso que diziam os Aztecas, segundo ele, ao menos. Trata-se de uma sequência de assassinatos sem pé nem cabeça - a maioria divertidíssima - investigadas por um detetive mais interessado em comer rosquinhas do que encontrar o assassino.
O que desperta o interesse aqui é a cara-de-pau do filme em reutilizar inúmeras vezes os mesmos planos-sequência - virtualmente a cada assassinato bem-sucedido de Randy, a cena da "limpeza do corpo" é reaproveitada. Ele faz isso sem concessões, sem medo de parecer ridículo ou sequer tentando esconder esse defeito/limitação. O filme é de espírito livre e isso funciona na maioria das vezes. Tem certa repetição ou redundância nas cenas (acredito que seja seu maior ponto fraco), mas quando o ritmo cai, ele nos vence com uma nova cena estapafúrdia. Uma outra crítica pertinente talvez seja o pouco uso do gore, considerando o tema.
Homenagem a A Pequena Loja dos Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960), "Auto Shop of Horrors" é para um público extremamente restrito e dificilmente verá um lançamento de qualquer tipo no Brasil, mas para amantes dos reais "filmes B"* é uma pequena obra que merece ser assistida, se houver oportunidade.
* O termo filme B foi alterado ao longo dos tempos e hoje não há uma definição única aceita. Esta transita entre "filme de baixo orçamento", "filme decadente", "filme propositalmente (ou não) mal realizado", etc.
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