Mel Gibson continua bom como diretor, porém filma outra história desinteressante, como já havia feito em A Paixão de Cristo.
Depois de conseguir fazer um estardalhaço incrível com o fraco A Paixão de Cristo, que foi grande sucesso de bilheteria, Mel Gibson também conseguiu fazer grande estardalhaço com Apocalypto, que chegou a ser acusado de plágio, e enfrentou problemas de censura na Itália. O diretor deve ter adorado todo esse bafafá entorno de sua nova produção, porque, querendo ou não, as polêmicas ajudam a alavancar a bilheteria dos filmes.
O longa conta a história de um rapaz residente em uma aldeia atacada por guerreiros que o levam junto com outros integrantes de sua aldeia para uma cidade maia, onde os prisioneiros são mortos e oferecidos aos deuses. Mas o jovem resolve lutar para conseguir se libertar e resgatar sua esposa e seu filho que ficaram presos em um poço.
O começo de Apocalypto é interessante, uma vez que o bom-humor está presente e, mesmo com a história ocorrendo há tantos anos, o roteiro escrito pelo próprio Gibson e por Farhad Safinia, já faz piadas com as sogras, comuns no nosso cotidiano. As seqüências envolvendo o rapaz que não consegue ter filhos também são muito divertidas. Claro que nem tudo é piada e, no meio disso, vamos sendo apresentados aos costumes da aldeia. Porém, infelizmente, o bom ritmo inicial vai cessando, e o filme começa a perder força.
Apocalypto é uma sucessão de erros. O mais absurdo e revoltante de todos é o fato do filme subjugar a inteligência do espectador. O longa é uma correria sem fim, ambientado na época dos maias. Mas, fica a dúvida do porquê de a história se passar durante a existência dessa antiga civilização. O mais provável é que o diretor Mel Gibson, para satisfazer sua obsessão por cenas sanguinárias, tenha escolhido a época dos maias para poder incluir cenas de decapitações, corações de animais sendo arrancados e outras tantas passagens grotescas. Entretanto, a produção traz pouquíssimas informações sobre a cultura da época, sendo apenas um filme de ação que poderia muito bem ser ambientado em qualquer século. Não é difícil imaginar a mesma premissa sendo realizada com homens munidos de armas modernas capazes de disparar diversos tiros por minuto, em vez de utilizar homens com lanças e armas primitivas.
Outro equívoco de Apocalypto é o fato de se estender por 140 minutos, mas no fim acaba desenvolvendo uma história simples. O filme conta a luta de Jaguar Paw (Rudy Youngblood) para conseguir reencontrar sua esposa e seu filho, separados durante a invasão dos maias. É nisso que se resume o enredo. Todavia, o restante do filme é composto por interessantes e intermináveis seqüências de ação. O longa não peca pelo excesso de ação, e sim, por deixá-las (as seqüências) sem nenhum valor histórico, caindo, como disse anteriormente, em uma história simples de um homem tentando salvar sua esposa e seu filho, desperdiçando dessa maneira, a chance de trazer alguma informação sobre a civilização maia.
As qualidades técnicas salvam o filme do fracasso. O trabalho de maquiagem, por exemplo, é impecável, cobrindo dezenas de atores com pinturas, acessórios e machucados. Apesar de não ser fã de Mel Gibson como pessoa, e achá-lo muito precipitado na hora de contar suas história épicas, devo admitir que, nesse caso, ele mostrou ser um diretor competente. Por vezes, exagerou na câmera lenta, mas conseguiu com esse recurso arrancar bons efeitos nas cenas de luta. Demonstrou ser, também, dedicado no que faz, arrancando grandes atuações de um elenco inteiramente amador. Gibson optou por deixar as cenas acontecerem com poucas falas, tornando a produção uma aventura visual.
Para finalizar, a melhor maneira de definir Apocalypto é plagiando a definição dada por Alexandre Koball para A Paixão de Cristo: “Um filme certamente cheio de controvérsias, porém sem muito conteúdo real”.
A crítica mais fraca de Emílio, e uma das mais fracas do Cineplayers.
Ah pelo amor de deus,´´A Paixão de Cristo é fraco?``.Se eu não me esqueça esse filme foi o mais representado com o que Jesus passou,e o Mel Gibson é um excelente diretor,e entendo que essa é sua opinião e crítiva,mas falar desses dois filmes sinceramente é uma palhaçada.Acha mesmo que o mel gIbson ficaria falando umas 2 horas para falar como era tudo.E já dava para saber que não seria uma coisa simples sem ação pelos outros filmes que ele já fez.Apocalypito é um filme bom sim,tem erros?tem,mas só por isso não vai fazer o filme ser ruim,e o que seria bo prestar atenção no filme,não prestou né,que seria o cuidado dos ´´índios`` com a natureza,por exemplo da cena que o líder asteca cortou o rosto do filho dele,as formigas não deixando o machucado infeccionar,o veneno do sapo.Não critique um filme que tem um valor bom histórico