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Críticas

Cineplayers

Esquilos falam, cantam e não dizem nada.

2,5

O que pode ser mais interessante que um grupo de esquilos falantes, divertidos e cantores?

Os produtores de Alvin e os Esquilos, supreendemente um dos maiores sucessos de 2007, acreditaram que tinham a resposta ideal: um grupo de esquilos fêmeas falantes, tímidas e cantoras. Para o público americano, a ideia foi ótima: o filme venceu Avatar em seu dia de estreia e está arrecadando números impressionantes na bilheteria. Mas em momento algum de seus aproximadamente 80 minutos ele consegue ser minimamente interessante ou apresentar algo de atraente ao espectador com mais de seis anos.

Não que seja insuportável, diga-se de passagem. Mas o filme está sempre beirando o chato e o absurdo, até porque sua história não apresenta nenhum nexo, não tenta ser fantasiosa e muito menos faz questão de se justificar.

Para aqueles que não viram ou não se lembram, o primeiro longa-metragem mostrava Dave, um compositor (Jason Lee) encontrando um trio de esquilos cantantes: Alvin, líder e malandro, o inteligente Simon e o fofinho Theodore. Ele passa então a escrever músicas para o grupo, mas são logo visados por um executivo maléfico, Ian (David Cross).

Já astros do rock, eles são vistos na cena inicial desta seqüência fazendo turnês por várias metrópoles. Num concerto em Paris, Dave é vítima de uma das brincadeiras de Alvin e acaba ficando por várias semanas numa cama de hospital. Ele pede para sua tia americana cuidar dos “meninos” enquanto está se recuperando, mas ela também acaba sofrendo um acidente, e quem vira o dono da casa é o jovem Toby (Zachary Levi), que mal sabe cuidar da casa entre as noites jogando Wii e as manhãs de sono.

Como em qualquer filme que segue a risca a fórmula tradicional, tanto Toby quanto os esquilos aprenderão no decorrer da trama a serem mais responsáveis e amarem mais aos próximos. Nesta continuação, os esquilos terão que voltar a escola e lá, depois de roubar a atenção de todas as garotas bonitas e arrumarem confusões com os populares do local, são intimados pela diretora do colégio, uma fã em segredo do grupo, a cantar num show de alunos e ganhar o principal prêmio.

Só que Ian, mesmo depois de ser demitido, ainda está pela área e acaba descobrindo outro grupo de esquilos, as irmãs Chippettes. Em uma sátira engraçada ao Destiny’s Child, Ian acaba dando preferência à vocalista Brittany (voz de Christina Applegate), inclusive colocando ela para realizar uma versão de Single Ladies com as outras duas como coadjuvantes. Enquanto isso, os esquilos machos se apaixonam e tentam livrá-las de qualquer perigo.

A personagem de Alvin é uma das mais chatas da história do cinema e sempre que ele está na tela, o filme afunda, é zero total. Nenhum dos outros esquilos também é muito interessante, e o filme acaba se segurando com as ótimas interpretações de Levy e Cross, mesmo que este esteja um pouco caricato na personagem.

Alvin e os esquilos II é um longa-metragem que pode fazer as crianças se divertirem, mas para os que já estão começando a desenvolver raciocínios é completamente descartável, só uma versão piorada do primeiro filme. É restar agora e torcermos para que não haja outra sequencia. Já chega de esquilos que podem falar e não tem nada a dizer, né?

Comentários (1)

Rodrigo Barbosa | terça-feira, 10 de Janeiro de 2012 - 02:04

E a outra sequência está aí para provar que pra Hollywood quantidade (e quantidade $$$$$) é bem melhor do que qualidade.

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