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Críticas

Cineplayers

Em um 007 mais cômico, Pierce Brosnan faz sua última participação como o agente inglês.

6,5

Esse realmente é o 007 mais divertido feito em muitos anos. Deixaram de lado as tentativas de incorporá-lo a um contexto mais atual, pós guerra-fria (apesar da coincidência com a crise coreana) e partiram para o lado de fantasia. Ainda que a história em si seja mais boba, o resultado é bem-vindo. Não que isso tenha necessariamente que virar regra para os próximos filmes, mas é bom para uma reciclada na fórmula.

Começa com uma virada interessante para a série, que é mostrar James sendo capturado e preso numa base coreana onde é torturado durante meses. Mas o filme obviamente não é um drama carcerário e pulamos direto para sua libertação, onde ao ter sua licença para matar revogada, resolve agir por conta própria para descobrir quem foi o traidor que ajudou em sua captura.

A direção do Neo-Zelandês Lee Tamahori confere um ritmo bom, com muitas pitadas de humor e, por ser o vigésimo da série que está completando 40 anos como a franquia mais bem-sucedida da história do cinema, foram colocadas várias referências aos antigos filmes da série. Não me considero um super-fã, então reconheci poucas dessas homenagens, como o surgimento da agente Jinx do mar, citando a cena-fetiche com Ursula Andress no primeiro filme. Já os efeitos especiais que me pareceram muito falsos. Várias CGs e composição estavam incrivelmente abaixo da média, o que acaba por arrancar algumas risadas involuntárias.

As Bond Girls Rosamund Pike, como a agente gelada Miranda Frost, e a oscarizada Halle Berry como a caliente americana Jinx batem um bolão. Jinx divide os tiros e stunts com Bond. Ela é o elemento mais "atual" do filme, uma agente negra, bonita, tão astuta e cafajeste quanto o próprio Bond.

As cenas de ação que mais gostei envolvem um duelo entre carros Aston Martin e Porsche sobre o gelo que poderia muito bem ser usada como comercial de tv. Há também um empolgante duelo de esgrima entre Bond e o vilão Gustav Graves, com direito a ponta de Madonna. E, claro, os exageros. Muita gente torce o nariz para essas coisas mas confesso que como fã, eu sempre espero ver Bond realizar as mais ridículas façanhas, esse é um dos filmes mais criativos nesse sentido, chegou a ser comparado os da era Roger Moore, que, na minha opinião, eram os melhores. Me perdoem os fãs de Sean Connery, sei que ele tem mais classe e atua melhor. Sem dúvida é a personificação definitiva de Bond, mas os filmes de Moore eram muito mais divertidos e acho que Pierce Brosnan está encontrando um bom meio-termo entre a sofisticação de um e a divertida canastrice do outro.

De resto, todos os clichês Bondianos de sempre estão aqui. Mulheres, tecnologia, carros velozes, locações exóticas (a parte da Islândia é muito bonita), muita cafonice etc... O que é ótimo para quem curte e péssimo para quem não gosta. Você já sabe como começa e como termina, então relaxe e divirta-se.

Meu nome é Clown, Cyco_Clown.

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