É realmente o "The End"???. Discordo veemente dessa afirmativa, pois para tanto, seriam necessários diferenciais na trama, o que claro, não aconteceu, e pior, exageros foram por demais acrescentados na tentativa de inclusão do novo, e mesmo assim, sem sucesso.
Jigsaw (Tobin Bell) foi o último héroi/vilão da década, e não só pelas visceras e armadilhas sádicas os cinemas ficavam repletos. Há quem louvasse sua iniciativa de ajudar as pessoas, mesmo que por formas um tanto bizarras, e claro, há quem o deseja-se a muito tempo, abaixo de sete palmos. A presença do gênio da tortura como forma de aprendizado, levava milhões as salas de todo o mundo.
A fama de Jigsaw se deu muito pelo fato dos 3 primeiros filmes girarem ao seu redor, lógico, mérito de (Tobin Bell) em conduzir o personagem com absoluto equilibrio. Já nos únicos filmes em que Mark Hoffman (Costas Mandylor) tentou ser posto como o centro das atenções, o que aconteceu???. Saw 4 e 5, foram os mais fracos ao meu ver por dar ênfase a um personagem sem destaque, sem carisma, sem presença de espírito.
Mais do que tentar construir alguém a altura do Jigsaw original, o filme rumou para um "C.S.I" macabro, onde investigações policiais roubaram a cena. Mesmo com a volta da narrativa complexa priorizando os personagens, mais do que as armadilhas que tomaram conta em alguns episódios, a franquia sofreu grandes golpes após Saw II.
Nesse Capítulo "final", eis que voltamos ao começo do fim, a carnifica volta a ser o mais importante. É tão claro ver como os produtores, roteiristas e direção consideram isso um tiro certeiro logo na primeira cena do filme. Sem lógica, apenas sangue pra vc, eu e todo mundo beber a vontade.
O filme de 2004 tornou-se apenas uma mera lembrança do que a franquia poderia ter sido, chegou perto de ser e acabou não sendo o que se esperava. Saw se tornou vítima de seu próprio sucesso, assim como os craques que alcançam o auge e depois vivem à sombra dos feitos do passado, "jogos mortais" passou a ser visto mais com curiosidade do que com interesse, assistido pela tradição e peso de seu nome, e, sejamos logo francos, se fossemos ao cine para ver "SAW VII" e por engano, exibissem "O Massacre da Serra Elétrica" não notaríamos a mínima diferença, pois foi nisso que se tornou Jogos Mortais, em um samba de uma nota só, onde tripas e sangue são mais importantes do que detalhes que ficaram em aberto, ou desfechos mais bem elaborados.
Confesso que sou fã da trilha "Hello Zepp", que embala o desfecho de todos os filmes da franquia, a mesma foi perdendo sua razão de ser, seu significado, pois outrora, era sinônimo de dever cumprido, de um ótimo filme, de um ótimo final, e do 4° filme para cá, nada além de decepções e mais decepções, algumas mortes bem elaboradas e depois, mais decepções.
Repetindo, não acredito que "Jogos Mortais VII" seja o final. Onde há suco, há mãos para expremer, então, não duvido que em algum Outubro qualquer, voltémos a ver armadilhas ensopadas de sangue. Deixo bem claro que não acredito em mais novidades ou reviravoltas, ou seja, em mais lenha para se queimar, mas vejo por outros exemplos recentes, que o dinheiro faz até moribundos se reenguerem com toda força. Wolverine do finalizado, "X-Men" ganhou seu filme solo, e como já vimos, Jogos Mortais é um poço de acréscimos e lacunas para que mais a frente, sejamos "presenteados" no sagrado mês de Outubro. E só pra vcs verem como tenho razão, vem mais "X-Men" por aí.
Espero e peço encarecidamente que "Atividade Paranormal" e "REC" não sigam pelo mesmo caminho, afinal, as duas maiores trilogias de um mesmo título, George Lucas já nos deu. Atividade Paranormal e REC, revitalizaram seus gêneros, assim como "Saw" fez em 2004, e, infelizmente, olhem tristes e saudosos para o agora cômico, "Jogos Mortais".
"Game Over"
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