Do coração ferido de Arthur Fleck brotou uma flor artificial que 'sangra' água quando ele é surrado na primeira sequência de Coringa, olhar corajoso e rejuvenescido para o homem cuja alcunha do título o tornou célebre. Essa surra é apenas a primeira das inúmeras que o personagem leva no filme em várias instâncias diferentes, das literais às metafóricas e simbólicas; nenhuma delas consegue fazer nascer qualquer válvula de comiseração por parte do público. O sentimento desde o início é de estranheza, que se transforma em incômodo, passa pelo espanto e termina... Bom, termina na subjetividade de cada um, mas há de se olhar pro longa e compreender sua capacidade de provocar discussão com um tema tão em voga e se firmar como arte acima de tudo, aquela que não tem qualquer intenção de ser paternalista com seu público
Críticas
10,0
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário