[Ator de High School Musical dança mas não encanta na sua estreia como protagonista]
Zac Efron é um artista promissor. Isso não dá pra negar. Como dançarino, não precisa mais provar nada. Como ator, entretanto, ainda terá que ralar um bocado. Constatação que fica evidente em 17 Outra Vez, primeira empreitada solo do astro de High School Musical nas telas. Se somente carisma bastasse, o filme de Burr Steers – conhecido pelo roteiro de Como perder um homem em 10 dias – até ganharia uns pontos a seu favor. Infelizmente, é só isso que o seu longa tem a oferecer ao público maior de 12 anos, ou seja, a quem não é fã do garoto. De resto, o que se vê é uma amálgama de clichês que vão de Quero ser Grande a De Repente 30, entre outras comédias em que o protagonista se vale de um feitiço do tempo para consertar decisões erradas.
Seja um retorno ao passado ou um salto no futuro, impera nesses filmes a idéia de fazer dessa nova chance, uma maneira de reparar coisas que não deram certo. Em 17 Outra Vez, Zac Efron e Mathew Perry (Friends) dividem o mesmo personagem. Na sua adolescência, Mike O’Donnell (Efron) é o cara da sua High School. Com 17 anos, ele é o melhor jogador do time de basquete, está prestes a ir para a universidade e namora a garota mais linda do colégio. No dia em que será avaliado por um olheiro da liga universitária, o garoto descobre que a namorada está grávida. E como se fosse impossível conciliar uma coisa com a outra, Mike larga a chance da carreira para casar-se e assumir o filho.
Moral da história: exatamente 17 anos depois, ele (Perry) é um adulto amargo, divorciado, lotado num emprego ruim e com um relacionamento relapso com os filhos. Enquanto vive de favor na casa do melhor amigo,o uber-nerd Ned (Thomas Lennon, a melhor coisa do filme), Mike se pergunta como seria sua vida se tivesse seguido um rumo diferente. Então, inesperadamente, ele acorda com seus 17 anos e as mesmas habilidades de quando tomou sua decisão crucial. Surge aí a oportunidade de refazer sua biografia através da decisão certa.
Se pieguice fosse mortal, esse filme seria uma arma de destruição em massa. Permeado por cenas requentadas e lições de moral constrangedoras 17 Outra Vez parece ter sido financiado por alguma igreja ou associação de pais de filhos adolescentes. Nem um filme institucional sobre gravidez na adolescência faria um libelo tão alarmente. E se a mensagem não engrena, não muito diferente são as atuações de Perry e Efron. Principalmente a do astro teen que sequer se esforça para se parecer com um adulto aprisionado num corpo adolescente. Definitivamente, como ator, Efron é ainda um ótimo dançarino…
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