Patton foi o vencedor do prêmio de melhor filme da 43ª edição do Oscar, em 1971. Respondendo já a pergunta do título, se eu fosse obrigado a lutar em uma guerra, melhor que fosse em um exército sob o comando de Patton, afinal eu poderia até morrer, mas teria a certeza da vitória.
Em 1943 no deserto da Tunísia, em plena Segunda Guerra Mundial, um exército americano é massacrado pelas forças nazistas comandadas pelo General Rommel. Para tentar reverter a situação, o governo americano decide chamar para liderar as tropas americanas e reverter a derrota em vitória, aquele que poderia ser conhecido como o Sun Tzu ocidental para alguns ou apenas um velhote grandessíssimo filho da puta para outros: George Patton,. Afastando as impressões pessoais, Patton se revela um mestre nas estratégias de guerra, porém suas atitudes extravagantes, fome de glória e principalmente sua língua de trapo colocam sua carreira militar em risco.
Em resumo, o filme é excelente. Impressiona a qualidade da produção por todos os aspectos técnicos, uma vez que foi realizado há quarenta anos. Em quase três horas de duração, acompanhamos as campanhas militares lideradas por Patton contra as forças do eixo. O que torna o filme inovador é que o foco está na articulação das batalhas, apresentando a burocracia militar e o planejamento estratégico, incluindo informações sobre o clima, o terreno, as provisões, e até sobre o comportamento dos comandantes inimigos, e ainda as rivalidades entre os oficiais aliados. As cenas de batalhas estão presentes sim, mas em segundo plano. Mas o grande atrativo do filme é mesmo George Patton. Parece o tipo de personagem inventado pelo roteirista Garth Ennis ou pelo cineasta Quentin Tarantino, e ainda com certa dose do Eufrasino Puxa Briga. Ele é um misto de contradições que muitas vezes leva o espectador às gargalhadas. Seus métodos rígidos e língua de trapo complicaram tanto a diplomacia americana que o governo quase chegou a se arrepender de tê-lo posto em guerra. Quando os nazistas já estão praticamente derrotados, Patton já quer atacar os Russos: "Vamos ter de combatê-los de qualquer modo. Por que não aproveitar que eu já estou aqui?" O comentário de um oficial nazista derrotado resume tudo: "A falta da guerra o matará."
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