Quando o baixista Geezer Butler viu o cartaz do filme Black Sabbath de Boris Karloff, percebeu que as pessoas pagavam para sentir medo. Acontece então de às vezes não recebermos pelo que pagamos. Nesse caso a culpa é nossa ou do filme?
Sally (Bailee Madison) é uma garotinha que vai viver com o pai (Guy Pearce) e sua namorada (Katie Holmes) numa antiga mansão que pertencia ao pintor Blackwood, que desapareceu misteriosamente. A presença da criança desperta criaturas que vivem no subsolo, e passam a tentar capturá-la.
Em resumo, o filme é regular. O título foi bem apropriado. Não é para ter medo mesmo. Após um início promissor, com cenas até certo ponto fortes, Não Tenha Medo do Escuro vai ficando cada vez mais vazio no elemento horror, até desembocar quase numa comédia devido a ameaça que se revela ridícula. O Diretor e sua equipe fizeram um trabalho impecável em termos técnicos. Cenários bem trabalhados, fotografia adequada, trilha sonora apropriada para o tema e efeitos especiais na medida certa. Mas nada adianta muito se a história é fraca, assim como a personagem principal. Quero dizer, se a intenção foi produzir um filme de horror voltado para a faixa etária da protagonista, uns 7 anos, então fizeram um excelente filme. Mas é do tipo que assusta apenas adultos frequentadores de psicólogo. Quando as criaturas da mansão são reveladas, a coisa piora. Os Gremlins e os Critters conseguiam ser mais assustadores, e são obras voltadas para a comédia. Talvez o Guillermo del Toro, um dos roteiristas do longa, tenha predileção por contar histórias de menininhas, uma vez que dirigiu o Labirinto do Fauno, esse ao menos um excelente filme devido a sua carga dramática.
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