O primeiro filme da franquia Missão Impossível foi dirigido pelo mestre do suspense Brian DePalma. Focava em uma trama que tentava parecer mais próxima da realidade do mundo da espionagem. Mas nas duas sequências posteriores o personagem principal ganhou um novo corte de cabelo e a franquia foi transformada em uma espécie de versão jovem e mais mentirosa de James Bond. Quem não lembra da cena na qual duas motos batem de frente? Um símbolo da geração video-game.
A primeira missão de Protocolo Fantasma é libertar o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) de uma prisão na Sérvia, para em seguida ir em outra missão em Moscou, onde todos os problemas começam. O terrorista de codinome Cobalto destrói metade do Kremlin, causando um incidente internacional que obriga o presidente dos Estados Unidos a apagar toda a IMF, deixando os agentes a deriva. Resta ao grupo liderado pelo agente Hunt encontrar e deter Cobalto antes que ele inicie uma guerra nuclear. E sem nenhum apoio.
Em resumo, o filme é ótimo. Continua distante do perfil criado por DePalma, mas ao menos diminuiu muito o nível de absurdos dos dois últimos. Bom, se não diminuiu, ao menos compensou com uma boa aventura com um grupo no mínimo simpático . A equipe de Ethan é formada por uma manequim de vitrine (espiã bonita e ótima lutadora), um perito em computadores (o comediante Simon Pegg) e um analista (Jeremy Renner) que parece ser mais do que aparenta. Dessa vez a coisa saiu melhor que o esperado. A direção foi assumida por Brad Bird, especialista em animações, conhecido por Os Incríveis e Ratatouille, e isso até que explicada o bom humor de Protocolo Fantasma. Quanto aos vilões, pouca coisa é explicada sobre o terrorista Cobalto, e a assassina profissional Sabine Moreau merecia mais atenção (confesso que preferia ela como parceira do time de Hunt). Não sei se estou ficando velho e atrasado, mas os apetrechos tecnológicos beiram a ficção científica. De resto, a invasão impossível desta vez é ao maior prédio do mundo, o Burj Khalifa.
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