”Ela era apenas uma garotinha. Vivia em uma grande casa, sempre sozinha. Onde está sua mãe? Onde está seu pai? Onde estão todas as pessoas que foram visitá-la? Qual é seu segredo? Todos que sabem estão mortos.” (Tradução do aterrorizante pôster do filme)
Os habitantes de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos desconfiam que há algo errado com uma família recém chegada da Inglaterra. Apenas Rynn (Jodie Foster), uma adolescente de 13 anos, é encontrada em casa, mas ninguém consegue falar com seu pai. O mistério atrai um policial, a curiosa dona da casa e Frank Hallet (Matin Sheen), um homem que se torna obcecado sexualmente pela adolescente.
Em resumo, o filme é ótimo. Baseado em um livro de 1973 escrito por Laird Koening, já em 1976 o filme homônimo chegava aos cinemas para o terror não dos espectadores, mas de associações de mães e entidades cristãs que imagino se desesperaram mais com esse filme que com toda a discografia do Black Sabbath até então. A Menina do Fim da Rua trata-se de um suspense dramático muito eficiente e inteligente. Com poucos recursos além de diálogos bem construídos aliados ao clima frio e tenebroso e situações limite, mantém o espectador interessado no segredo de Rynn. E vai além, abordando o pesado tema da pedofilia chegando a mostrar Jodie Foster em cenas de nudez e sexo sugerido, mas não possui o propósito de ser apenas apelativo como uma novela da Globo. Trata-se de uma obra que sugere mais do que mostra, mas mostra o suficiente para o espectador ter certeza do que ocorre, e é esse o grande truque dos mestres do suspense. Enquanto drama, tem um sabor meio amargo, especialmente pelo caminho que segue em seus minutos finais. Jodie Foster atuou no mesmo ano em Taxi Driver, em mais um papel semelhante (leia polêmico).
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