Quando soube da notícia de que a Sony iria cancelar a sequência Homem-Aranha 4 com o diretor Sam Raimi e faria um Reboot do personagem, começando tudo do zero, achei a pior das ideias. Mudar o diretor e alterar alguns contextos da história cinematográfica já dariam um ar de renovação. Além disso, poderiam explorar outras fases da vida do heroi aracnídeo, quando ele, um pouco mais adulto, segue morando sozinho à duras penas e inclusive consegue ingressar em um curso universitário. Voltar à origem é imputar ao personagem uma síndrome de Peter Pan.
Peter Parker (Andrew Garfield) é um adolescente que mora com os tios desde que os pais viajaram e sumiram sem mais explicações. Os dois trabalhavam em um projeto científico que visava a cura de doenças por meio de infusões de DNA de animais e insetos. Ao descobrir uma valise no porão de casa, contendo anotações dessas pesquisas, Peter chega ao Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), cientista da Oscorp, que trabalhou com o casal Parker. Em sua visita ao laboratório de Connors, Peter é mordido acidentalmente por uma aranha acarretando uma alteração em seu próprio DNA, dando-lhe superpoderes. Ao mesmo tempo, as informações que passa ao Dr. Connors, o levam a se tornar uma cobaia humana, resultando em um lagarto gigante que planeja espalhar pela cidade um agente tóxico que transformará a todos em répteis.
Em resumo, o filme é ótimo. Apesar da péssima ideia do reboot, o resultado foi bem acima do esperado, ainda mais por escolherem o diretor Marc Webb, responsável pelo superestimado 500 Dias Com Ela. Os motivos? Talvez por conta de que algo como Homem-Aranha seja um tipo de filme que atrai mais pelos efeitos especiais, incluindo as cenas de luta e principalmente o heroi balançando pela cidade, que por uma boa história em si. Os elementos que Sam Raimi deixou de lado, foram aproveitados aqui. Dessa vez, sai Mary jane e entra Gwen Stacy (Emma Stone). Peter Parker (um adolescente interpretado por um ator de 29 anos) ganha um visual moderno e traz o bom humor típico do heroi enquanto combate os bandidos. O Espetacular Homem Aranha não vai fazer você refletir sobre nada, mas esse não era o objetivo desde o início, até porque super herois não existem, oras.
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