Concorrer ao Oscar não é garantia de ser bom filme. E esse último em especial, o 84º, estava cravejado de bombas. A Dama de Ferro, embora letal, talvez nem fosse a mais perigosa.
A Dama De Ferro conta a trajetória de Margareth Thatcher, mulher que viria a se tornar a Primeira Dama da Inglaterra adquirindo o ódio e a admiração de seus próprios conterrâneos.
Em resumo, o filme é ruim. Nada funciona. O objetivo era contar a história de uma das mulheres mais poderosas de seu tempo, em como ela ajudou a Inglaterra a atravessar um período política e economicamente difícil. Até dizem que ela salvou o país, a desgraçada. Mas esqueça. A Dama de Ferro narra simultaneamente o passado e o que seria o presente. Alterna uma Margareth Thatcher jovem aprendendo com a família o valor da luta política, se engajando no partido e chegando a se tornar primeira-ministra da Inglaterra, passando pela recessão econômica e pela guerra contra a Argentina, e uma Margareth velha e decadente. Seria excelente, mas deu merda Capitão. Alternar duas linhas de tempo torna a narrativa confusa, quebrada, entediante ou até mesmo irritante. Não por isso, o espectador não consegue se conectar com os fatos. Se você espera aprender alguma coisa sobre a história da Inglaterra melhor procurar um livro. A outra linha de tempo é tão entediante que dá a impressão de tomar 80% do filme. Apresenta uma Thatcher caduca, enclausurada em um apartamento, falando bobagens e conversando com o marido morto como se estivesse no purgatório (e você também). Dois chatos. E é só isso. Não caia nesse papo de melhor atriz, concorreu ao Oscar, grande história.
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