Quando se trata de suspense ou drama, não importa a idade do filme. Superproduções milionárias impulsionadas por novas tecnologias levam muitos aos cinemas e atraem a atenção da grande mídia, mas em sua maioria geram meras ilusões pueris que se tornarão datadas e tachadas de toscas em um período de tempo cada vez menor, uma vez que falham no básico. Um bom roteiro aliado a um elenco e diretor competentes é o segredo para eternizar um filme.
Em A Conversação, Gene Hackman é Harry Caul, um profissional em vigilância especialista em gravações clandestinas. Seu novo cliente requisita a captação de um diálogo entre um jovem casal enquanto caminham em uma praça na cidade de São Francisco. Mas, obtido sucesso, Caul Passa a temer que o conteúdo das fitas possa levar a uma trama de assassinato.
Em resumo, o filme é bom. O personagem de Hackman se mostra paranóico, com uma tendência ao isolamento, se voltando cada vez mais apenas para seu trabalho. Se torna até uma surpresa a preocupação de Harry Caul Com o destino de suas "vítimas", a ponto de colocar sua própria vida em risco confrontando seu cliente. Porém, o seu comportamento até certo ponto lunático, provoca fadiga no espectador. Belezas femininas também fizeram falta. De um modo geral, o que temos são cenas tensas, onde a pressuposição do que acontecerá é mais forte que o evento em si (um ótimo atributo para filmes do gênero) levando a um final bem inteligente e digno de Francis Ford Coppola.
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