Há quem diga que todas as histórias já foram criadas. Muitos acusam a indústria do cinema de viver de contar as mesmas histórias, como um velho senil e solitário. Verdade ou não, de fato alguns contam de forma melhor que os outros.
Ben entra em depressão após terminar um relacionamento com Suzy. Sem conseguir dormir devido ao rompimento, resolve trocar suas oito horas de sono por um emprego noturno em uma rede de supermercados e durante o dia continua o curso de artes. Entristecido pela transitoriedade do amor, começa a observar como seus colegas no novo trabalho criam maneiras de fazer o tempo passar mais rápido. A partir de então, Ben faz o contrário. Fantasia poder paralisar o tempo para observar melhor as coisas a sua volta, especialmente as mulheres, alvos de sua fascinação desde criança.
Em resumo, o filme é bom. Agrega romance, comédia e drama, mas nenhum dos estilos predomina. A narrativa em primeira pessoa aproxima o espectador do personagem, e permite acompanhar de uma forma confortável sua visão do comportamento humano. É o tipo de filme no qual pequenos detalhes são significativos. O espectador em alguns momentos parece obter o olhar artístico de Ben. Ambos mal notam Sharon, futura colega de trabalho e novo amor. Mas a medida que Ben a vai conhecendo, ela vai revelando uma beleza que antes não conseguíamos notar. Muito sutil. Cashback em essência é um filme que conta uma história simples através de um ponto de vista singular, e por isso, mais interessante que os típicos filmes comerciais de comédia romântica. Não à toa, ganhou vários prêmios em festivais de cinema.
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