Brian DePalma é considerado o sucessor natural de Alfred Hitchcock. De fato, em seus filmes, várias cenas se tornaram marcantes, validando esse título. Carrie é de 1976, e ainda é reconhecido como um marco do horror.
Carrie (Sissy Spacek) é uma adolescente que convive com uma mãe repressora que a força a levar uma vida reclusa. Seu fanatismo religioso chega próximo ao nível da inquisição. Na escola, devido ao seu modo retraído, é ridicularizada pelos estudantes. Uma professora e uma colega de turma tentam ajudá-la, enquanto outros alunos planejam contra Carrie um ato de humilhação no dia do baile de formatura. Porém, a garota começa a desenvolver poderes telecinéticos que quando descontrolados irão promover um banho de sangue.
Em resumo, o filme é bom. Apesar de ser voltado para o horror, DePalma se concentra em aproximar Carrie ao espectador do espectador de modo que a veja como um ser inocente levado às últimas consequências por culpa principalmente de uma mãe extremamente religiosa, e não por ser um monstro. Na sala de orações na qual Carrie era trancada havia um crucifixo que faria qualquer membro do Inner Circle Norueguês sentir inveja. Mesmo quem nunca assistiu ao filme, sabe o que acontecerá no momento do baile, mas mesmo assim ao longo da história o espectador tenta se apegar a uma vã esperança que os eventos aconteçam de forma diferente. Mas não. O desastre acontece, e até os inocentes sofrerão quase tanto quanto os que ousaram abrir a caixa do filme Hellraiser. Nesse ponto, percebe-se o talento de DePalma. As cenas são hipnotizantes, acompanhadas por uma trilha sonora arrepiante levando a um final amargo. Não há explicações sobre os poderes paranormais de Carrie. Talvez até a mãe estivesse mesmo certa, e a moça fora fruto de uma noite com o demônio.
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