Muita gente me pergunta quais os critérios que utilizo ao escolher um filme. São três: A produtora/selo distribuidor; direção e elenco. A produtora/selo é promessa de ao menos o negócio ser bem feito. Se conheço o diretor, sei o que posso esperar do filme. Quanto ao elenco, levo em consideração que certos atores/atrizes tomam cuidado ao escolherem os filmes nos quais irão colocar seus nomes. Mas claro que uma boa indicação de alguém pode me fazer ignorar os três elementos.
Mallory é ex-fuzileira dos Estados Unidos e agora trabalha para uma agência privada de operações “tarja preta”, dirigida por seu ex-amante Kenneth (Ewan McGregor). Como assassinato, amor e separação raramente dão certos, ao resolver fazer a famosa última missão na qual tudo dá errado, Mallory é traída por alguém “misterioso” de dentro da agência e se torna uma fugitiva em busca de vingança e prova de inocência.
Em resumo, o filme é regular. De acordo com os critérios que comentei no primeiro parágrafo, se um filme possuir um elenco vasto de bons profissionais do ramo (analisando mais às filmografias que a qualidade de atuação), entra na situação de “quanto mais, melhor”. A experiência diz o contrário. Em uma regra geral, quanto maior o elenco em número de celebridades, mais decepcionantes são os filmes. E o diretor Steven Soderbergh é perito nessa técnica. Ele dirigiu Onze Homens e Um Segredo e suas duas sequências. Sucessos cinematográficos para o mundo, pura perda de tempo para mim. O homem tem outras produções infelizes em sua filmografia, mas vamos nos ater a este que ao menos não é um desastre completo. Até aqui você já deve ter percebido que o roteiro não traz nenhuma novidade. A expectativa então são as ótimas cenas de ação vistas no trailer. Realmente são os únicos elementos aproveitáveis. As lutas são difíceis, violentas e repletas de golpes de jiu-jitsu e acho que até judô (só entendo de kung-fu), o que é bastante congruente, afinal a mulher é fisicamente mais fraca (apesar de que atriz Gina Carano na verdade não é atriz, mas lutadora profissional de MMA, como havia desconfiado por conta de seu tipo físico avantajado) e tem mesmo de apelar para algumas técnicas que tirem essa desvantagem. E os personagens, inclusive a protagonista, aparecem mesmo com o corpo e rosto cheio de hematomas. Ponto para a realidade. De resto, temos uma trama rala e previsível, embalada por uma trilha sonora repetitiva. Os atores do grande escalão só cumprem tabela. Michael Douglas a Antônio Banderas mal aparecem, e Ewan McGregor passa vergonha como personagem secundário.
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