Você pega um roteiro cheio de situações e personagens recorrentes por Hollywood, contrata um elenco que não é multimilionário mas tremendamente competente, e entrega tudo a um diretor que sabe fazer a coisa e dá tudo certo.
Nick Cassidy (Sam Worthington) a princípio parece ser apenas mais um suicida tentando pular de um prédio em Nova York. Pedir para negociar exclusivamente com a policial Mercer (Elizabeth Banks, a Miri de “Pagando bem, que mal tem?”) já é considerado inusitado, mas quando a polícia percebe que Nick deu um nome falso, e teve o cuidado de apagar todos os rastros do quarto de hotel sem deixar nenhuma digital para que sua identidade pudesse ser confirmada, leva decididamente a algo maior.
Em resumo, o filme é ótimo. O estilo do diretor Asger Leth é muito semelhante ao do falecido Tony Scott, o que considero um grande elogio, ou talvez um exagero causado pela surpresa positiva, uma vez que não esperava muito de À Beira do Abismo. Em um ritmo dinâmico, acompanhamos o drama de um ex-policial disposto a morrer para provar sua inocência por um crime que não cometeu. Enquanto chama a atenção da mídia e ao mesmo tempo mantém parte da polícia ocupada, um casal de ladrões invade um prédio próximo para praticar um roubo estilo missão impossível, que, de alguma forma, está interligado ao destino do suicida e de várias outras pessoas. Nick se revela um tipo de primo de Michael Scofield (Prison Break), portanto, além de um plano complexo e cheio de detalhes, também depende muito da sorte, e assim garante ótimas situações tensas auxiliadas por uma trilha sonora adequada. Nada exatamente novo aqui, mas bem acima da média.
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