Sufocante. O filme pode ser definido por essa única palavra. Sempre me impressiono como certas histórias aparentemente tão limitadas são transformadas em filmes tão dinâmicos. O diretor Danni Boyle conseguiu adaptar com sucesso o livro no qual o alpinista Aron conta a história na qual passou sozinho 127 horas com o braço direito preso a uma rocha devido a um acidente enquanto escalava um Cânion em Utah, EUA.
O que poderia resultar em um filme monótono, se tornou uma seqüência de cenas com ritmo de videoclipe graças às tomadas rápidas e trilha sonora vibrante, já características do diretor de Trainspotting e Quem quer ser um milionário?. Mesmo que todo mundo já saiba o que acontecerá ao protagonista, a curiosidade se mantém em alta.
Em resumo, o filme é ótimo. Todos os objetivos são atingidos. O Aron é apresentado como um sujeito muito ativo, carismático e inteligente. Isso faz com que o espectador se importe de verdade com ele, característica essencial para esse tipo de filme. Tudo está presente no decorrer das 127 horas sintetizadas na película: As lembranças de momentos de sua vida intercaladas por várias tentativas infrutíferas de desprender o braço da rocha, alucinações, sonhos e desespero. Acompanhamos Aron por todos esses estágios, até a parte mais aguardada, onde ele decepa o próprio braço para conseguir escapar. E a cena não decepciona, mostrando de forma explícita a ação. O filme dura 1 hora e meia que mal é percebida e ainda faz com que algumas partes fiquem se repetindo na memória, efeito que todo filme deveria atingir
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